terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

AS ONGS, OS ÍNDIOS E O DEPARTAMENTO DE ESTADO DOS EUA

Dezenas de ongs indigenistas e ambientalistas que atuam na Amazônia vêm sendo alvos de investigações da Abin e da Polícia Federal, sendo que a maioria delas são ligadas ao USAID, orgão do Departamento de Estado dos EUA.

Os laços da Usaid com grandes ongs que atuam na Amazônia é um fato que carece de maior transparência, tendo em vista as reiteradas denúncias de que o ambientalismo-indigenismo vem sendo usado pelos países-ricos como um instrumento de dominação geopolítica.

No Brasil, a Usaid consta como “parceira” de ongs como a SOS Amazônia e Centro dos Trabalhadores da Amazônia, organização fundada pela ex-ministra do Meio Ambiente e atual candidata do PV à presidência da República, Marina Silva. As ongs que recebem dinheiro da Usaid costumam funcionar como satélites das chamadas “king ongs” (as ongs maiores, com sedes no exterior e que estabelecem as linhas-mestras de atuação para suas congêneres menores e locais). Foi também a Usaid que formulou a campanha Iniciativa para a Conservação da Bacia Amazônica, com o objetivo de aprimorar a “governança ambiental” de ongs na região.

No ano passado, a Usaid acertou um acordo com os índios suruí de Rondônia com a intermediação da ong norte-americana Forest Trend. O objetivo declarado é organizar um fundo para vender créditos de carbono obtidos com ações de preservação na reserva dos suruí. O cacique Almir Suruí já recebeu uma homenagem na cidade de Los Angeles, nos EUA, e teve um encontro em Londres com o príncipe Charles, que tem uma “fundação ambiental”.

Nos últimos as de ongs indigenistas e ambientalistas que atuam na Amazônia vêm sendo alvos de investigações da Abin e da Polícia Federal por compra ilegal de terras, espionagem, contrabando, apropriação de saberes indígenas e prospecção de riquezas minerais e vegetais a serviço de empresas estrangeiras.

Uma dessas ongs é a Cool Earth, criada pelo sueco Johah Eliasch, empresário que chegou a lançar uma campanha no Reino Unido pedindo doações para a compra de terras na região norte do Brasil. Em 2008, quando foi perguntado pelo Fantástico, da Rede Globo, sobre o motivo desse seu tipo de interesse em nosso país, Eliasch respondeu: “Gosto de árvores, floresta…”. Pouco tempo depois da entrevista de Johah Eliasch ao Fantástico o abnegado nórdico amante da natureza recebeu uma multa do Ibama por causa da derrubada ilegal de 230 mil árvores na Amazônia.

Fonte: Opinião e Notícia

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