segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Com Dilma, reduz-se chance de reforma, diz ‘Financial Times’


O diário britânico “Financial Times”, jornal que mais cita o Brasil, tem acompanhado de perto o tema das eleições no País.

O correspondente em São Paulo, Jonathan Wheatley, afirma que, com a subida da candidata Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas, “torna cada vez mais provável que as atuais políticas econômicas e sociais permaneçam pelo menos nos próximos quatro anos e reduz a chance de uma reforma no Estado brasileiro que muitos analistas esperavam de um governo liderado por Serra [PSDB]”.

Por outro lado, o texto diz que Serra não conseguiu apresentar um programa de governo capaz de fazer frente à “esmagadora popularidade de Lula da Silva”.

A popularidade deste governo está calcada no consumo gerado pela abertura de linhas de crédito ao cidadão comum em um mercado que pratica juros abusivos e não no aumento da renda gerado pela maior industrialização do país, que ao contrário vê o seu parque industrial diminuir ao mesmo tempo em que aumenta a importação dos produtos industrializados para atender está demanda artificial de consumo.

Entre as reformas pregadas por Serra a mais importante é a econômica. Nela uma das principais preocupações é com a explosão da dívida interna, que decorre da má gestão das políticas monetária e fiscal, com altas taxas de juros, livre movimentação de capitais e isenção tributária para investidores estrangeiros, que com todos estes atrativos trazem seus dólares em massa ao país.

Para o Serra o governo compra estes dólares pagando com títulos da dívida interna - cujos juros são altíssimos - e aplica tais dólares em títulos do Tesouro norte-americano, que rendem juros negativos:

"Não há melhor negócio no mundo que trazer dólares para o Brasil e ganhar as altas taxas de juros. Fico horrorizado com esta política econômica".

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