terça-feira, 29 de junho de 2010

Após escândalo, MEC exclui Uningá do Prouni

Jornal de Maringá

Decisão foi publicada nesta segunda-feira, no Diário Oficial da União. Novas bolsas não poderão ser concedidas a partir de agora. Quem já é bolsista, porém, não terá prejuízo

O Ministério da Educação (MEC) desvinculou a Faculdade Ingá (Uningá), envolvida em um escândalo de concessão de bolsas de estudo a alunas ricas, do Programa Universidade para Todos (Prouni). A decisão, tomada pela Secretaria de Educação Superior do MEC, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na segunda-feira (28).

De acordo com a assessoria de imprensa do MEC, nenhum aluno poderá receber bolsas de estudo na instituição a partir de agora. No entanto, os atuais 240 bolsistas poderão concluir os respectivos cursos normalmente. A Uningá tem prazo de dez dias para recorrer da decisão.

Os estudantes selecionados para o segundo semestre de 2010 pelo Programa Universidade Para Todos (Prouni) devem realizar a matrícula na instituição particular em que foram aprovados até a próxima sexta-feira (2). Para isso, basta apresentar os documentos necessários (veja no site do ProUni).

Segundo o Ministério da Educação, 52.419 candidatos – dos 232.726 inscritos entre 15 e 19 de julho – foram selecionados pelo programa, 37.039 para bolsas integrais e 15.380 para bolsas parciais. O Paraná é o sexto estado em número de aprovados, com 3.127 estudantes selecionados.

Se ao fim do prazo ainda restarem bolsas, o MEC fará até cinco chamadas para convocar novos estudantes, nos dias 7 de julho, 21 de julho, 29 de julho, 5 de agosto e 12 de agosto.

Para ter a bolsa integral do Prouni, é preciso ter cursado Ensino Médio em escola pública, ter sido bolsista integral em escola particular e comprovar renda mensal de um salário e meio por pessoa na família, ou R$ 750.

Para saber se foi aprovado no Prouni, o candidato deve acessar a página do programa, informar o número da inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF).

A medida é resultado do processo administrativo que o MEC abriu para apurar a concessão das bolsas, denunciada pelo Fantástico, em reportagem exibida no dia 2 de maio. A matéria mostrava que três alunas de classe alta, com carro e casa com piscina, eram beneficiadas pelo Prouni desde 2008.

As informações levantadas pelo MEC serão repassadas ao Ministério Público Federal e à Advocacia Geral da União, que decidirão sobre o ressarcimento do dinheiro das bolsas irregulares e responsabilização dos envolvidos.

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