Na primeira entrevista que concedeu após ser destituído do
cargo, ao jornal argentino Clarín, o ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo,
disse que caiu, sofrendo um golpe parlamentar, porque decidiu não entregar
cargos aos partidos políticos. “O Estado não é uma torta que se reparte, entre
aliados políticos”, disse Lugo.
Nesta segunda-feira, o ex-presidente paraguaio voltou a
falar. Desta vez, numa entrevista coletiva, para denunciar a suposta
perseguição que estaria sofrendo por parte do sucessor Federico Franco. E o
foco seria a hidrelétrica de Itaipu, maior usina do mundo, que é uma empresa
binacional, pertencente a Brasil e Paraguai.
“Estamos sofrendo perseguição”, disse Lugo. De acordo com
ele, 300 funcionários acusados de ser “luguistas” foram cortados em Itaipu por
determinação do Partido Liberal, ao qual Franco pertence. “Retomaram a prática
de demitir pessoas por motivos ideológicos”, disse Lugo, ressaltando que essa
prática só ocorria na época do ditador Alfredo Strossner. (247)
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