O julgamento do mensalão, que começa na próxima quinta-feira, 2, e deve durar um mês, contará com a participação do ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli. De acordo com o ministro, a pressão que ele sofreu para ficar de fora do caso o estimulou a aceitar atuar no julgamento.
Toffoli é amigo do ex-presidente Lula e do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, considerado pelo Ministério Público como o líder da “quadrilha” do mensalão. O ministro do STF já foi advogado do partido, assessor jurídico da Casa Civil na gestão de Dirceu e advogado-geral da União no governo Lula.
Toffoli também trabalhou como advogado pessoal de Dirceu, e até 2009, era sócio no escritório da advogada Roberta Maria Rangel, sua atual namorada, que defendeu outros acusados de envolvimento no mensalão, como os deputados Professor Luizinho (PT-SP), então líder do governo, e Paulo Rocha (PT-PA).
Cogitado para assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral em 2014, o ministro afirma estar descontente com as dúvidas sobre sua imparcialidade no julgamento. Advogados ligados ao PT desqualificaram a pressão sobre Toffoli, alegando que a atuação de outros ministros no caso, como Gilmar Mendes, indicado ao Supremo pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, também deveria ser contestada, já que o ministro conversou com Lula sobre o mensalão. De acordo com Mendes, o ex-presidente Lula teria o pressionado para adiar o julgamento. (AE)
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