De 1954 até os dias de hoje o único período em que o Paraguai
viveu um arremedo de democracia de Abril de 2008 a Junho de 2012, embora quem de
fato tenha continuado no mando econômico e político são os herdeiros da
ditadura Stroessner, que controlam a economia e a política, ao deterem a maior
parte dos mandatos parlamentares nacionais, como na base, nas cidades, a realidade é igual.
Foi dentro desta realidade adversa que ele governou seu povo
sofrido e excluído, e neste curto período conseguiu resgatar um pouco da
dignidade nacional ao tentar construir um arremedo de estado democrático.
Se o povo paraguaio é a vítima direta deste câncer
institucionalizado que é a elite Paraguai o povo brasileiro é a vítima
indireta. As atividades criminosas desenvolvidas por estas quadrilhas só com o contrabando movimentam
9 bilhões ao ano, sem contar com o que movimentam com suas atividades atividades ilegais (drogas, armas, etc.), e daqui para lá o roubo de carros,
que lá servem de moeda na compra de drogas, armas, etc..
Os produtos piratas e
demais mercadorias contrabandeadas para cá eliminam vagas de emprego no mercado
de trabalho brasileiro e fazem com que percamos centenas de milhões em impostos,
que deixarão de serem investidos em saúde, educação, etc..
Sem o Lugo no poder as esperanças de que a nação irmã se
tornasse de fato um estado nacional ficaram mais distantes, como para todos nós ficou
mais perto o risco de voltarmos ao triste período dos anos de chumbo.
Este
golpe tramado na embaixada norte americana pode ser um prenúncio da volta a
mais um período intervencionista, já que a história se repete.
O golpe dado por
Stroessner em 1954 foi o primeiro do pós Segunda Grande Guerra, quando os EUA
começou no Cone Sul das Américas a efetivar o velho sonho hegemônico um dia
expresso no Destino Manifesto, na Doutrina Monroe e no Corolário Roosevelt.
3 comentários :
Caro Molina, a mensagem é perfeita, no conteúdo. São resquícios da ditadura Stroessner, e, em essência, consequência direta do latifúndio, praga que n Paraguai é tão antiga quanto no Brasil, e até pior que qui, já que lá a economia é menos diversificada, e a corja latifundiária se apresenta mais compacta.
Faço apenas uma ressalva formal. Como o Paraguai é um Estado unitário, não podemos falar em governo federal, mas sim, nacional. Daí terem deputados nacionais e não federais. E não tem Estados, mas Departamentos, destituídos de autonomia local, com deputados departamentais. É o mesmo caso da França ou do Uruguai, por exemplo, entre países democráticos.
Grato pela informação.
O mais importante é que se esteja atento também por aqui, já que a informação que a história nos traz é que o golpe perpetrado por Alfredo Stroessner foi apenas o primeiro de uma enxurrada que envergonhou a América do Sul dos anos 1950 em diante...
Estejamos atentos, velando pela saúde de nossa jovem democracia! Os herdeiros da ditadura ainda se revolvem em seus nichos, saudosos de um tempo que não queremos ver retornar!
Postar um comentário