quinta-feira, 22 de março de 2012

Quadrilha com base em Guarapuava acusada de sonegar cerca de R$ 500 milhões

OPERAÇÃO HIDRA GUARAPUAVA: PROMOTOR DESTACA NOMES DE LIDERES DA QUADRILHA QUE SONEGOU MAIS DE R$ 500 MILHÕES - VÍDEO

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OPERAÇÃO HIDRA EM GUARAPUAVA: ANDRÉ LOPES APONTADO PELO GAECO

COMO O MENTOR DA QUADRILHA QUE SONEGOU MAIS DE 500 MILHÕES



Quadrilha com base em Guarapuava teria sonegado cerca de R$ 500 milhões

A Operação Hidra, desencadeada em no Paraná, em São Paulo e em Santa Catarina, na madrugada desta quarta-feira (16), encontrou provas "robustas" sobre o envolvimento de uma quadrilha de Guarapuava acusada de sonegar impostos e outros crimes, segundo o coordenador do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), em Guarapuava, Tadeu de Góes Lima.

Segundo estimativa do Gaeco, com base no tempo de atuação da quadrilha (desde 2006), foram sonegados cerca de R$ 500 milhões entre tributos estaduais e federais. Grande parte dos mais de 90 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta quarta nos três estados, mas ainda há alguns para serem cumpridos até a próxima semana, disse Lima. Não houve prisões em flagrante. Cerca de 1,2 milhões foram apreendidos em dinheiro, cheques e notas promissórias.

"Nós identificamos como algumas pessoas - entre elas dois irmãos, que são ‘os cabeças’ do grupo - realizavam as fraudes. A investigação começou a partir de situações de outros crimes, e a partir disso foram sendo estabelecidas conexões até chegarmos na quadrilha, que atuava desde 2006", contou Lima. Na época, o inquérito na Polícia Civil apurou denúncias de estelionato envolvendo proprietários de postos de combustíveis.

Dois anos depois, o Gaeco instaurou um procedimento investigatório criminal e começou a perceber que o esquema era maior, com falsidade ideológica e documental. Posteriormente, apareceram indícios de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, com a entrada da Polícia Federal na investigação.

Segundo o promotor, a quadrilha agia criminosamente a partir da criação de empresas em nome de laranjas. "Os lucros ficavam com eles (líderes) porque obtinham procurações com plenos poderes para administrar os bens", destacou.

Apesar de ter indícios de adulteração de combustível por parte da quadrilha, identificar essa fraude não foi o foco da Operação Hidra. "Não foi constatado na operação, mas já houve adulteração e há indícios, só que esse não era o nosso foco", explicou o promotor.

O delegado da Receita Federal em Ponta Grossa, Gustavo Luís Horn, disse que a quadrilha já agia em outras ramificações, além dos postos de combustível. “O grupo atuava basicamente em postos de gasolina, mas já estava diversificando, com imobiliárias e transportadoras, onde registravam os veículos e imóveis usados nas fraudes”, contou Horn.

Segundo o Gaeco, as investigações mostraram que o grupo mudava constantemente de sócios e alterava as documentações com nomes de laranjas para dificultar a fiscalização. “Nós identificamos um núcleo, entre ‘os cabeças’ e ‘testas de ferro’, que tinha ciência de tudo, com cerca de nove pessoas”, informou o promotor Tadeu Lima.

Nas investigações foram identificadas ao menos cem empresas que participavam das fraudes. Os documentos apreendidos nesta quarta-feira podem levar à identificação de outras.

Os membros da quadrilha devem responder, em liberdade, por sonegação de tributos federais e estaduais em rede de postos de combustível, lavagem de dinheiro, fraude à execução fiscal, blindagem patrimonial, ocultação de bens e direitos e evasão de divisas, além de formação de quadrilha, falsificação de documentos e falsidade ideológica.

Operação

Aproximadamente 300 servidores (das policias federal, militar e civil, da Receita Federal e da Secretaria de Estado da Fazenda) participam da ação, coordenada pelo Gaeco, Polícia Federal de Guarapuava e Receita Federal .

No Paraná, a operação foi desencadeada em Curitiba, Ponta Grossa, Imbituva, Guarapuava, Londrina, Bandeirantes, Campo Mourão, Cascavel, Assis Chateubriand, Marechal Cândido Rondon e Medianeira. Em Santa Catarina, a ação ocorreu em Balneário Camboriú, Blumenau, Lages e Ponte Alta. Mandados também foram cumpridos em Marília e Ourinhos, em São Paulo.

Simultaneamente, de acordo com a PF, foram executadas medidas judiciais cautelares de bloqueio de contas bancárias em nome dos principais envolvidos e das empresas suspeitas, com objetivo de identificar recursos obtidos com as práticas supostamente ilícitas. (GP)

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