terça-feira, 25 de outubro de 2011

Grupo hacker Anonymous tira do ar 40 sites de pornografia infantil

Membros do grupo Anonymous afirmaram ter retirado do ar serviços que armazenavam pornografia infantil. A nova onda de ataques faz parte da chamada “Operação Darknet”, que visa o combate à pornografia infantil na internet. Além de retirar os serviços do ar, os hackers também divulgaram nomes de mais de 1,5 mil usuários suspeitos de acessarem o conteúdo.

Os ataques ocorreram na última semana e, de acordo com comunicado publicado pelos hackers, o grupo derrubou o servidor Freedom Hosting, no qual estavam hospedados 40 sites com pornografia infantil. O grupo teria alertado aos mantenedores do serviço para que deletassem seu conteúdo e, como isso não ocorreu, realizaram o ataque.

A principal baixa no lado dos pedófilos foi a derrubada de um site que, de acordo com o Anonymous, continha mais de 100 GB de conteúdo envolvendo pedofilia. Após ser retirado do ar, o Freedom Hosting restabeleceu todo o material por meio de restauração de backups, mas novamente foi derrubado e passou a ser considerado o “inimigo número 1″ da Operação Darknet.

Como parte de suas ações, o grupo hacktivista publicou os nomes de 1.500 pessoas que eles disseram que usaram um site conhecido como “Lolita City”.

A rede derrubada tenta manter o anonimato de seus usuários fazendo roteamento de navegação na web através de uma série de servidores espalhados pela rede. Isto torna mais difícil de rastrear usuários e monitorar o que eles estão vendo.

Muitos manifestantes em nações como o Egito e a Síria usaram o Tor para esconder sua localização por parte das autoridades nesses tempos de crise.

Uma inovação, recentemente adicionada ao Tor, é a capacidade de criar uma “darknet” – uma rede que funciona de forma semelhante à web, mas pode ser vista apenas por usuários Tor.

No início de outubro, os hackers do grupo Anônimos notaram que um site hospedado na darknet de Tor continha links para imagens de abuso sexual infantil.

Os membros do Anônimos removeram os links, que logo foram repostados. Assim, o grupo deixou o site offline, e avisou a empresa que estava hospedando os links.

Em um documento que detalha suas ações, o grupo Anônimos disse que pediu a empresa para remover o conteúdo ilegal, mas o pedido foi recusado, por isso eles invadiram a rede da empresa e encerraram uma série de computadores que hospedavam as imagens do abuso. O grupo prometeu continuar os ataques até que as imagens fossem removidas.

A empresa acusada de hospedar o conteúdo ainda tem de responder a um pedido de comentário sobre os ataques.

Especialistas condenaram os ataques do grupo, dizendo que eles poderiam ter minado investigações em curso ou infectado provas contra os abusadores.

Christian Sjoberg, chefe da empresa de análise de imagem NetClean, que ajuda as forças policiais a categorizar imagens de abuso, disse que os hackers devem pensar cuidadosamente sobre o que eles fizeram. “Pode ser perigoso. Se você pensar nessas imagens como provas de um crime publicadas na internet, então a situação fica um pouco mais complicada”, disse.

Graham Cluley, consultor sênior de tecnologia da empresa de segurança Sophos, disse que os ataques foram equivocados.
“Fechamentos de sites e redes de compartilhamento ilegais devem ser feitos pelas autoridades, e não por vigilantes da internet”, afirmou.

Os ataques poderiam ter colocado uma investigação existente em situação de risco, impedido a coleta de provas necessárias, ou dificultado a argumentação de que as provas não foram corrompidas.

“Os hackers Anônimos podem sentir que fizeram a coisa certa, mas na verdade podem ter, inadvertidamente, colocado mais crianças em maior risco através de suas ações”, explicou Cluley. (BBC)

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