quarta-feira, 21 de setembro de 2011

TST nega pedido dos Correios para suspender greve

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou nesta segunda-feira (21) pedido da Empresa de Correios e Telégrafos para que a greve da categoria fosse considerada abusiva e, dessa forma, acabasse suspensa. Em assembléias regionais realizadas na semana passada, os grevistas negaram a última proposta, que previa reajuste de 9%. Entre outros pontos, os funcionários exigem reajuste salarial de pouco mais de 40%.

Em sua decisão, o ministro João Oreste Dalazen, porém, atendeu a solicitação da direção da empresa ao determinar que todas as unidades dos Correios mantenham um percentual mínimo de 30% de funcionários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

Dalezen também marcou uma audiência de conciliação para esta quinta-feira (24), às 9h30. Em seu despacho, o ministro destacou o serviço público prestado pelos Correios como “essencial e de relevância social”.

De acordo com o TST, o primeiro passo dos processos de dissídio coletivo é a tentativa de conciliação, ocasião em que as partes negociam junto ao TST em busca de se chegar a um acordo. No caso de não haver entendimento, a ação será encaminhada a um relator sorteado, que levará o caso para julgamento na Seção Especializada de Dissídios Coletivos do tribunal.

Segundo os Correios, os funcionários que estão parados terão o ponto cortado. Em nota divulgada nesta segunda (21), os Correios informam que, no sexto dia de greve, os empregados de diversas localidades começaram a retornar ao serviço. Na noite de sexta-feira (18), segundo a nota, os funcionários do Rio de Janeiro decidiram em assembléia pelo retorno ao trabalho, juntando-se aos empregados da Bahia, Rio Grande do Norte, Ribeirão Preto, Santos e Bauru (SP), Santa Maria (RS) e Uberaba (MG).

A empresa informa que o efetivo em greve, que era de 31% na sexta-feira (18), caiu para 24% dos 109 mil empregados nesta segunda. Segundo os Correios, nesta madrugada a rede postal funcionou normalmente e as agências também operam dentro da normalidade.

“Os serviços mais atingidos são de distribuição dos objetos postais. A carga com atraso é de 34,6 milhões de correspondências e 339 mil encomendas, para um movimento diário de aproximadamente 33 milhões de correspondências e 770 mil encomendas”, destaca a nota. (G1)

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