sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Grupo Tortura Nunca Mais: Em Foz do Iguaçu, Movimento reivindica Justiça de Transição


O Grupo Tortura Nunca Mais iniciou nesta semana uma série de atividades em Foz do Iguaçu. As ações marcam o debate em torno da Lei de Anistia, promulgada em 28 de agosto de 1979, e da ‘Justiça de Transição’, conceito aplicado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que reúne práticas para lidar com o legado deixado por regimes de exceção.

As atividades iniciaram no dia 20, com a distribuição de um panfleto informativo sobre o período ditatorial e sobre a Justiça de Transição em ruas, avenidas e espaços públicos da fronteira. O material questiona a homenagem feita a alguns agentes do regime militar na cidade, nominando ruas, hospital, ginásio de esportes e escolas, além de sugerir a mudança de nome desses espaços públicos.

O manifesto repudia as homenagens feitas ao prefeito interventor de Foz do Iguaçu e coronel Clóvis Cunha Vianna, ao marechal Castelo Branco, ao marechal Costa e Silva e ao general Costa Cavalcanti. O texto pede que as pessoas participem do abaixo-assinado pela abertura dos arquivos da ditadura, o que possibilitaria revelar as atrocidades cometidas nos ‘Anos de Chumbo’.

A programação abrange um ciclo de palestras em mais de dez escolas e universidades do município. A didática inclui a montagem da exposição ‘Nosso Tempo Digital’. A amostra tem capas e páginas do jornal que foi um marco na história de resistência e luta por liberdades e democracia na década de 80.

CINEMA – Ainda dentro do tema, haverá o documentário ‘O Dia que durou 21 anos’, neste sábado (27) no Teatro Barracão. Produzido por Flávio Tavares e Camilo Tavares, o documentário mostra a participação dos EUA na deposição do presidente João Goulart, comprovada por meio de diversos documentos. Organizada pela Casa da América Latina, Guatá e Casa do Teatro, a sessão de cinema terá início às 19h, com entrada gratuita.

A primeira semana de atividades será completada com um ato público na Praça da Bíblia, no domingo (28), a partir das 18h. A programação traz apresentação de hip hop, de teatro e música, bem como varal de protesto, sarau de poesia, panfletagem, e a coleta de assinaturas no abaixo-assinado pela abertura dos arquivos da ditadura militar.

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