terça-feira, 23 de agosto de 2011

Rebeldes líbios entram no QG de Kadafi

Rebeldes mostram suas armas após a entrada no complexo de Muammar Kadafi, em Trípoli


Os rebeldes entraram na casa do líder líbio, Muammar Gaddafi, depois de avançaram sobre um dos portões do complexo de Bab al-Aziziya, um conjunto de edifícios fortificados que é o QG dele, informou a TV al Jazeera, citando fontes.

Repórteres da Reuters em Trípoli disseram que os rebeldes estavam disparando para o ar de dentro do complexo, para celebrar.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos (Pentágono) disse acreditar que Gaddafi não deixou a Líbia. (Reuters)


Rebeldes entram em quartel-general de Khadafi, dizem testemunhas

Testemunhas afirmam que centenas de rebeldes invadiram o complexo de prédios em Bab al-Azizia, uma das poucas áreas que aparentemente ainda estavam sob controle do regime.

Segundo uma rádio ligada aos oposicionistas, a bandeira tricolor utilizada pelos rebeldes foi hasteada no complexo governamental, no lugar do pavilhão verde utilizado pelo regime de quatro décadas. A informação, no entanto, não tem verificação de fontes independentes.

Horas antes da invasão, dezenas de picapes cheias de combatentes rebeldes entraram em Trípoli e partiram para um ataque maciço ao quartel-general. As forças rebeldes já haviam anunciado que a invasão era a prioridade nesta terça-feira.

Imagens de TV mostraram grossas colunas de fumaça preta subindo de prédios ao redor da cidade, entre eles prédios que integram o QG de Khadafi.

A invasão ocorre apenas momentos depois de a agência de notícias russa Interfax ter divulgado a informação de que Khadafi conversou por telefone com uma autoridade russa nesta terça-feira, dizendo que estava em Trípoli, "bem de saúde" e que não pretendia deixar a Líbia.

O paradeiro de Khadafi, que vem sendo caçado por rebeldes desde que eles entraram em Trípoli, no fim de semana, é motivo de inúmeras especulações. Alguns acreditam que o líder líbio estaria em seu quartel-general, mas a informação não foi confirmada.

O repórter da BBC em Trípoli Rupert Wingfield-Hayes disse acreditar que a chave para o fim do conflito seja a captura de Khadafi.

Combates

Imagens da rede de TV Sky News mostravam grupos de rebeldes fortemente armados reunidos a cerca de 50 metros do QG, vestidos com roupas civis. O som de granadas, morteiros e artilharia podiam ser ouvidos ao fundo.

Testemunhas disseram que centenas de rebeldes entraram no quartel-general, e que muitos disparavam para o ar, em sinal de comemoração. (BBC)


Rebeldes dizem não ter pistas de Kadafi e seus filhos

Os rebeldes que capturaram o quartel-general de Muammar Kadafi em Trípoli não encontraram pistas do coronel líbio e de seus filhos, informou o comandante da rebelião.

"Bab al-Aziziya está sob nosso total controle agora. O coronel Kadafi e seus filhos não estão lá", afirmou o coronel Ahmed Omar Bani. "Ninguém sabe onde eles estão", acrescentou.

O comandante rebelde, no entanto, foi categórico: "Vencemos a batalha". "A batalha militar acabou", declarou, acrescentando que 90% do complexo de Bab al-Azizya foi controlado, embora ainda existam alguns bolsões de resistência.

Centenas de rebeldes lançaram um taque à residência do dirigente líbios três dias depois de entrarem na capital.

Os rebeldes também anunciaram ter assumido o controle do porto petroleiro de Ras Lanuf, que fica a caminho da cidade natal de Kadhafi, Sirte.

Anteriormente, o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, órgão político da rebelião, afirmou estar no controle de 80% de Trípoli, em uma entrevista com a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton.

Por outro lado, Estados Unidos e França vão "manter seus esforços militares" até que "Kadafi e seu clã" deponham as armas, afirmou nesta terça-feira Nicolás Sarkozy, após uma conversa por telefone com Barack Obama, no momento em que os insurgentes estavam prestes a se apoderar de Trípoli.

Os dois chefes de Estado "saudaram os progressos decisivos alcançados durante os últimos dias pelas forças do CNT (Conselho Nacional de Transição, órgão político dos rebeldes) e consideraram que o fim do regime de Kadafi é inevitável e está próximo", segundo um comunicado da Presidência francesa.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, por sua vez, pediu a reconciliação na Líbia ao falar por telefone com o líder rebelde Mustafá Abdel-Jalil.

"Ban enfatizou a necessidade de uma união nacional, de uma reconciliação e de uma participação, assim como a proteção dos locais diplomáticos", afirmou o porta-voz da ONU. (AFP)




0 comentários :

Postar um comentário

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles