quarta-feira, 6 de julho de 2011

A CUT começa sair do imobilismo: Dia de Mobilização da CUT leva trabalhadores às ruas de todo o país

O Dia de Mobilização da Central Única dos Trabalhadores (CUT) levou milhares de trabalhadores em todo o país às ruas nesta quarta-feira (6). As bandeiras de luta apresentadas nos diversos eventos foram o ganho real, redução da jornada de trabalho sem redução de salários, fim do fator previdenciário, combate à terceirização e precarização, atenção à Reforma Política e Tributária, aprovação do Plano Nacional de Educação, autonomia sindical, entre outras.

O presidente da CUT, Artur Henrique, participou das mobilizações no Pará junto ao Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), e o membro da coordenação nacional da entidade, João Pedro Stédile. O dirigente revelou, na última terça-feira (5) que passaria o dia de mobilização na região a fim de se posicionar contra a violência no campo. A atividade começou pela manhã, na Praça Dom Pedro II, centro de Belém, em frente à Assembleia Legislativa, e seguiram em caminhada até a Praça da República.

Em Porto Alegre, cerca de mil trabalhadores participaram de caminhada até os Ministérios da Fazenda e do Trabalho. Os trabalhadores foram recebidos pelo superintendente regional do Trabalho e Emprego, Heron de Oliveira, que recebeu um documento com a pauta de reivindicações da CUT. O sucateamento e precarização de serviços públicos – com fechamento de unidades por falta de servidores – foi denunciado pelo presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski.

Cerca de 300 representantes sindicais e militantes realizaram panfletagem com carros de som em Salvador. O presidente da CUT-BA, Martiniano Costa, reiterou aos trabalhadores a importância da redução da jornada de trabalho. “A CUT não se calará, pois esse é o seu papel. Estamos nas ruas hoje para que a classe trabalhadora se empenhe em defesa da redução da jornada de trabalho sem redução de salários para 40 horas semanais, entre tantas outras bandeiras importantes”, disse.

No Distrito Federal, o objetivo do ato foi cobrar compromisso do governo federal com a classe trabalhadora. Em reunião da CUT-DF com o secretário do governo do Distrito Federal, Paulo Tadeu, foi agendada uma audiência com a entidade, movimento de trabalhadores rurais e com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Antes da reunião, centenas de trabalhadores se reuniram na Praça do Buriti e, ao final da tarde, houve panfletagem na rodoviária Plano Piloto.

Entidades que representam os servidores públicos federais, estaduais e municipais, além dos químicos, metalúrgicos, petroleiros e aeroportuários se mobilizaram em Pernambuco no bairro de Boa Vista, em Recife. Sérgio Goiana, presidente da CUT-PE, ressaltou a necessidade das mudanças exigidas em pauta. “Nas campanhas salariais do segundo semestre, a nossa luta deve ser pautada por ganhos reais, porque o salário não é vilão da inflação”, pontuou.

A Reforma Agrária e o posicionamento contra as terceirizações foram reforçados nas atividades no Ceará. A manifestação com os trabalhadores do Porto reivindicou também diálogo com o governo estadual, tal como mais concursos e medidas para melhorar a segurança pública. No período da tarde, um grande ato na Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC) marcou o final do dia de mobilizações.

Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, o Sindicato dos Bancários de Dourados e Região organizou protestos em frente de agências do Itaú Unibanco e do Bradesco, com panfletagens e retardamento da abertura das agências.

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