segunda-feira, 28 de março de 2011

COM A INFLAÇÃO VOLTOU O USO DAS MÁQUINAS DE REMARCAR PREÇO


Após muito tempo o fantasma da inflação, embora este continuasse a agir de forma menos perceptível,volta a assombrar.

O contribuinte novamente começou a estocar mercadorias. Assustado com a volta da remarcação de preços nos supermercados tenta driblar a inflação estocando alimentos, produtos de higiene e limpeza, etc..

No comércio em geral e principalmente em supermercados, seu uso voltou a ser disseminado. É um terror para os consumidores! Em consequência disso, os restaurantes passaram a praticar preços criminosamente exorbitantes, pois o aumento da demanda de consumo em vez de baratear os preços causa o disparo dos mesmo sob a alegação de os preços estarem sujeitos a lei da oferta e da procura.
Além das manipulações corriqueiras em nosso mercado distribuidor, pois este, hoje está sujeito a globalização, e ela impõem ao mercado interno os preços internacionais dos produtos primários (commodities)a serem transformados.
Outro agravante é que o mercado financeiro, sempre especulativo, usando de teorias de economistas, com formação ortodoxa monetarista, estão jogando a inflação para cima com a manipulação do coeficiente de "inflação futura" Isto trás de volta a "ciranda financeira" com o aumento artificial dos juros calculado em cima de "projeções de mercado" . Como estes "gênios" a serviço dos interesses do grande capital especulativo conseguem "prever" um comportamento de mercado em cima do que ainda não ocorreu?

O governo Dilma RoussefF, preocupado, determinou estado de alerta para a equipe econômica. A Dilma sabe que o mercado financeiro vem jogando as estimativas de inflação muito acima dos índices oficiais, e isso está provocando insegurança no mercado, mas em vez de regular o mercado usando a força de seu papel regulador interventor no controle dos preços o estado brasileiro usa das das velhas formulas monetaristas que levam ao corte de investimentos e a recessão, sendo que com ela vem o desemprego e com ele a diminuição de consumo e consequentemente a da produção. Isto vai gerar de novo o flagelo da carestia de vida.

A carestia hoje é vista como realidade e seu efeito danoso junto à classe média brasileira está provocando hábitos de um passado recente: a estocagem de produtos. Indignada com a constante alta dos preços, a dona de casa Ariane Sandri voltou a estocar alimentos no seu velho freezer, desativado na década de 1980, quando a inflação chegava a 40% ao mês.

Tirando os beneficiários do bolsa família, programa social que acredito ser necessário, que antes não consumia, a fatia população brasileira, que sempre consumiu e é bem informada, está em alerta. O Instituto Datafolha fez uma pesquisa e constatou que o processo de remarcação de preços dos alimentos no Brasil está tão intenso que 83% dos entrevistados opinam que a inflação continuará alta e poderá aumentar ainda mais. Tal percepção também se repete no mercado. Já há analistas que falam em índices superiores a 7% neste ano, nível sem precedentes desde 2005.

Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, admitiu que nos próximos meses de junho e julho a inflação acumulada em 12 meses ficará acima de 6,5%. Esta situação fez com que fosse acionado o alarme no gabinete presidencial, mas será que o caminho que este, induzido pelo monetarismo do BC, está tomando perante a este quadro inflacionário é o melhor a ser tomado?

Passei hoje por dois supermercados e flaguei uma cena que ha muitos anos não via: a velha maquininha de remarcação de prêços. E quem passa pelas gôndolas sente o baque. Tudo aumentou: açúcar, arroz, feijão, sal e todos os produtos básicos.

O prêço da carne virou escárnio para o consumidor. Tem gente comprando bacalhau importado mais barato que o file mignon.

O que nos deixa irritados são as falácias divulgadas pelos economistas oficiais de plantão sobre o índice de inflação. E essa mentira não vem de hoje, pois já a ouvimos desde a época em que o "gordo" controlava a economia brasileira durante a ditadura civil e militar. Nada mudou e os potentados no topo da "cadeia alimentar" financeira industrial internacional, como os seus prepostos nacionais, são os mesmos.

Quando questionamos eles, os "gênios da economia" vem com argumentos que caso acreditemos nos tornam idiotas. os indicadores que estes nos apresentam para justificar a existência da inflação são surrealistas, como se a elevação dos preços de meia dúzia de produtos fosse realmente influenciar muito na composição do índice, como se produtos consumidos por uma minoria tivessem nos cálculos a mesma importância que o arroz ou feijão, consumidos pela ampla maioria, e estes em vez de terem tido aumento de preços na produção, onde este estes caíram, para o consumidor final estes subiram.

A diferença de preço entre o valor pago pelo consumidor e o que o produtor recebe cresceu muito no último ano aqui no sul do país. O tamanho desta diferença surpreende até os especialistas. E os alvos principais foram dois produtos que compõe a dieta básica dos brasileiros: o feijão e o arroz.

O Paraná é o maior produtor de feijão do país e um estudo do Departamento de Economia Rural, mostrou que em 12 meses, o preço da saca recuou de R$ 65,25 para R$ 55,86, mas nos supermercados o feijão aumentou quase 30%.

Enquanto os plantadores de arroz sofrem com os preço que recebem, pois por exemplo o está pagando em torno de 22 reis a saca nas regiões produtoras, R$ 4 a menos do que o preço mínimo estabelecido pelo governo e quase R$ 10 abaixo do custo de produção, nas gôndolas dos mercados o saquinho de cinco quilos não saí por menos de oito.

Hoje, mais do que nunca, é preciso pesquisar muito os prêços dos alimentos básicos, apesar de vivermos um cartel de etiquetas de preços impostas pelas mais famosas redes de supermercados.

Fora os crimes praticados contra a economia popular pelos grandes distribuidores varejistas o povo tem de aguentar a super tributação em cima dos produtos essenciais de consumo. Neste dois itens, arroz e feijão, a tributação é de 17,24%.

Os impostos que incidem sobre a cesta básica variam de 25% a 35%. A empresa produtora paga PIS e COFINS ao governo e esse valor é repassado no produto para o comerciante, que também precisa pagar o ICMS. Esse efeito cascata sobra para o consumidor, que acaba pagando todos esses impostos acumulados.

O trabalhador de baixa renda é o mais prejudicado com o acúmulo de impostos. O preço do arroz e do feijão é o mesmo para todos, mas aquele que ganha um salário mínimo acaba pagando proporcionalmente mais do que uma pessoa que ganha R$ 5 mil. Sem a cobrança de tributos, por exemplo, um pacote de cinco quilos de arroz, que custa R$ 8, poderia ser comprado por aproximadamente R$ 7.

O grande desafio do sistema tributário é o de diminuir a carga sobre o consumo e produção de produtos essenciais, que são COFINS, PIS e ICMS e elevar tributos sobre o lucro e o patrimônio, que é o que acontece na maior parte dos países, mas não no Brasil. Ou seja, é tornar o valor dos produtos finais menor e aumentar os impostos sobre propriedades, já que quem ganha um salário mínimo é quem move a produção, contribui decisivamente para geração de riquezas, mas este não possuindo patrimônio é quem paga a maior parte dos impostos.

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