Com o câmbio valorizado, pouco mais de R$ 1 de cada R$ 5 da produção industrial do país gera empregos lá fora. Em 2010, o Coeficiente de Importação (CI) da indústria brasileira atingiu o índice 21,8%, o maior patamar desde 2003, quando o indicador começou a ser calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O valor representa o total de importações em relação ao consumo aparente da indústria nacional. Já o Coeficiente de Exportação (CE) da indústria brasileira, que corresponde ao total de exportações em relação à produção nacional, ficou 18,9% no ano passado.
Em 2009, o Coeficiente de Importação ficou em 18,3% e o Coeficiente de Exportação, em 18,0%.
A informação coincidiu com a notícia de que a China passou oficialmente o Japão, ocupando o posto de segunda maior economia do mundo em 2010. Para isso, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês chegou a US$ 5,879 trilhões, contra US$ 5,474 trilhões do Japão. Para isso, muito contribuíram as importações brasileiras de produtos de maior valor agregado.
Segundo o diretor do Departamento de Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, embora o país tenha tido forte crescimento de demanda em 2010 quase metade dessa expansão ocorreu a partir de importados (46,8%).
Ele atribuiu isso, principalmente à valorização cambial, agravada pelos elevados juros internos. O câmbio, segundo a Fiesp, estava em R$ 2,39 em janeiro de 2009 e recuou para R$ 1,67 em janeiro deste ano.
Ano passado, as exportações de produtos manufaturados atingiram US$ 79,6 bilhões e as importações, US$ 150,7 bilhões, gerando déficit de US$ 71 bilhões.
Para este ano, Giannetti da Fonseca prevê que as exportações cresçam entre zero e 5% e as importações, 15%.
DE CADA R$ 5 DA INDÚSTRIA, R$ 1 VEM DE FORA. CHINA JÁ É O 2º MAIOR PIB.
Fonte: Monitor Mercantil
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Real forte garante crescimento... chinês


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