quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Fiesp pede dólar a R$ 2,2 para podermos voltar a exportar produtos industriais, mas o governo ainda quer que continuemos desindustrializando

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) defende a elevação da taxa de câmbio para um patamar entre R$ 2 e R$ 2,20. Segundo a Fiesp, este é o patamar "de equilíbrio", pois não teria impacto forte sobre a inflação, não favoreceria as exportações, nem prejudicaria as importações. Ao mesmo tempo, o país ganharia em empregabilidade.

Para o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, o dólar a R$ 2,20 agradaria a todos, enquanto a faixa de R$ 2 interessa apenas a uma minoria entre os exportadores. Ele, no entanto, não acredita que desvalorizar o real interessa ao governo.

"Lamentavelmente, não consigo enxergar o câmbio nesse patamar. Acho que o governo não tem qualquer interesse", critica.

Castro lembra que o dólar fraco e os juros altos mantém a inflação sob controle, o que interessa politicamente ao governo e financeiramente aos especuladores.

"O dólar mais caro seria um combustível para a inflação, mas há também outros aspectos políticos. Se, por exemplo, o dólar chegar a R$ 2,20, irão dizer que salário mínimo caiu. Outra queda se daria no PIB em dólar", disse, acrescentando que o governo só vai se preocupar com a valorização cambial se houver forte recrudescimento da crise, o que jogaria para baixo o preços das commodities.

Fonte: Monitor Mercantil

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