quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Justiça britânica aprova extradição de Julian Assange

A Justiça britânica aprovou nesta quinta-feira, 24, a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para a Suécia, onde ele deverá responder às acusações de crimes sexuais. Assange tem sete dias para recorrer da decisão.

A Suécia quer interrogar o australiano, de 39 anos, no âmbito de acusações de que ele teria agredido sexualmente duas suecas em agosto do ano passado. Assange foi detido em dezembro no Reino Unido no cumprimento de um mandado de captura internacional emitido a pedido de uma procuradora sueca.

Assange nega as acusações de agressão sexual, embora admita ter mantido relações consensuais com as duas mulheres. Segundo ele, as acusações têm motivações políticas e seriam uma forma de puni-lo pelo vazamento de milhares de documentos confidenciais da diplomacia norte-americana. Os advogados do australiano argumentam que Assange não obterá um julgamento justo na Suécia. A teoria defendida pela defesa de Assange é que a extradição para a Suécia pode ser um passo para uma segunda extradição para os Estados Unidos, onde ele seria julgado pelo vazamento de documentos diplomáticos e preso em condições “como as de Guantánamo”.

“Existe um risco real de que, se ele for extraditado à Suécia, os EUA buscarão sua extradição e/ou rendição ilegal aos EUA, onde haveria o risco real de ele ser detido na Baía de Guantánamo ou em qualquer outro lugar…”, argumentaram os advogados. “De fato, se o sr. Assange for entregue aos EUA…há um risco verdadeiro de que ele poderá estar sujeito à pena de morte”.

Durante o processo de extradição, o Ministério Público sueco quis afastar a ideia de que a extradição foi pedida simplesmente para que Assange seja interrogado naquele país, o que seria insuficiente para justificar a extradição, uma vez que Assange se disponibilizou a prestar declarações por telefone, Skype ou vide-conferência. O Ministério Público sueco garantiu que os termos do mandado contra Assange “denotam clara intenção de processá-lo”.

Fontes: Los Angeles Times

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