quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Noticiário do SBT favorável a Dilma pode estar ligado à ajuda ao Panamericano

Ucho

A subserviência do noticiário do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) durante o período eleitoral pode estar ligado à negociação de fundos para o Banco Panamericano, do Grupo Silvio Santos. Nesta semana, o Fundo Garantidor de Crédito liberou nada menos que R$ 2,5 bilhões para a instituição financeira que teria sido vítima de um golpe. O FGC foi criado em 1995, à época do polêmico Proer, com objetivo de proteger os depósitos dos clientes do sistema financeiro do País.

O acordo foi costurado há cerca de um mês, a partir de uma audiência do empresário Sílvio Santos com o presidente-metalúrgico Lula da Silva no Palácio do Planalto. No dia 19 de outubro, o ucho.info noticiou que um debate entre os presidenciáveis no SBT teria sido cancelado após o encontro.

Foi neste mesmo período que teria sido descoberto o buraco no balando do Panamericano. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a própria instituição afirma que “inconsistências contábeis não permitem que as demonstrações financeiras reflitam a real situação patrimonial da entidade”.

Em Maputo, onde concluiu uma visita oficial, Luiz Inácio da Silva negou nesta quarta-feira (10) que o dinheiro para o Banco Panamericano seja fruto de um acordo. “Isso não é assunto de presidente da República. É assunto comercial do Banco Central”, desconversou em declaração divulgada pela “Agência Estado”.

O rombo no banco do apresentador Sílvio Santos ainda não foi bem explicado. A Caixa Econômica Federal é sócia minoritária da instituição. No dia 2 de dezembro do ano passado, o ucho.info informou que a Caixa Econômica Federal, por meio da Caixa Participações S.A. (CAIXAPAR), adquiriu, por R$ 739,2 milhões, 49% do capital social votante e de 20,69% das ações preferenciais do Banco PanAmericano, o que representa 35,54%, do capital social total da instituição financeira.

Com a formalização do negócio, a CAIXAPAR passou a participar da gestão do Panamericano, indicando igual número de membros para o Conselho de Administração do banco. À época, o presidente do Grupo SS, Luiz Sebastião Sandoval, avaliou que a Caixa e o Panamericano têm na população de baixa renda o foco mercadológico.

O jornal “O Estado de S. Paulo” publicou na edição desta quarta-feira que o rombo é resultado de ativos e créditos fictícios registrados por diretores do Panamericano supostamente para inflar os resultados da instituição e, suspeita-se, melhorar os bônus dos executivos. Até agora, não foram encontrados indícios de desvio, mas o Banco Central (BC) encaminhará representações à Polícia Federal e ao Ministério Público para investigar as suspeitas.

1 comentários :

Anônimo disse...

O problema vem desde setembro, veja o grafico da acao BPNM4.

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