quinta-feira, 20 de maio de 2010

PT articula discretamente 2º palanque para Dilma no Paraná


Do blog do Fábio Campana

O PT está mandando sinais cada vez mais fortes para estimular a candidatura ao governo de Orlando Pessuti, do PMDB. As negociações com Pessuti estão sendo conduzidas com toda a discrição e sigilo. Tudo é feito para não melindrar o senador pedetista Osmar Dias, considerado ainda um possível aliado. Mas Osmar é visto também como um aliado relutante, um político instável, dado a reações intempestivas, que poderia usar a aproximação dos petistas com Pessuti como pretexto para romper de vez as negociações com o PT.

A análise que o Partido dos Trabalhadores faz do quadro político do Paraná é preocupante. O cenário é de insegurança total. Ninguém, talvez nem o próprio senador Osmar Dias, sabe o rumo que o PDT vai tomar nas eleições. Osmar tanto pode resolver, na última hora, disputar o governo do estado – como fez em 2006 – quanto voltar a compor com seus antigos correligionários do PSDB e partir para buscar uma vaga no Senado. No PT a avaliação é que seria uma loucura sentar e esperar pela decisão de Osmar sem ter articulado um consistente plano B.

O único plano alternativo do PT, tanto para a hipótese de Osmar desistir, quando para a perspectiva do senador protelar sua decisão até a última hora, é jogar pesado na candidatura de Pessuti a quem vem sendo feitas propostas objetivas para uma aliança. O governador apareceu com dois dígitos na pesquisa Vox Populi (10% das intenções) e a manutenção de sua candidatura seria essencial para evitar a vitória do tucano Beto Richa (40%) no primeiro turno se a eleição fosse hoje. Osmar Dias tem 33% das intenções de voto no Vox Populi, e os candidatos nanicos não somam percentual suficiente para assegurar um segundo turno.

Garantir que Pessuti saía candidato em qualquer circunstância – em aliança formal com o PT ou em acordo branco – é essencial para que o PT e seu projeto político não fiquem, no Paraná, inteiramente nas mãos do imprevisível senador Osmar Dias. O PT analisa as conseqüências de Osmar vir cumprir as insinuações e ameaças que faz de aceitar os convites que recebe do PSDB para refazer a aliança de 2006 e 2008 e disputar uma vaga no Senado. Nesse caso, se não contar com Pessuti, o partido corre o risco de ficar sem palanque para Dilma Rousseff e a situação, no Paraná, que hoje é favorável a José Serra (44% a 32% para Dilma, segundo o Vox Populi) pode ficar desastrosa.

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