quarta-feira, 12 de maio de 2010

Obras mudam a paisagem da Vila Audi e a vida dos moradores


Assim vivia o povo.


A nova realidade

As obras de urbanização nas vilas Audi e União, em execução pela Prefeitura, estão mudando para melhor a paisagem da área, que era uma das mais precárias ocupações irregulares da cidade. "A atuação do município no local vem ocorrendo de forma gradativa e, quando concluída, deve provocar uma transformação nas condições de vida dos moradores", afirma o prefeito Luciano Ducci.

Localizada no bairro do Uberaba, entre a rodovia BR 277 e a avenida das Torres, contornada pelo rio Iguaçu e pela linha ferroviária, o bolsão é um aglomerado de vilas irregulares que concentram 3,1 mil casas. A intervenção da Prefeitura na área começou em 2003, com projetos de longo prazo, como toda transformação urbana, mas os resultados já são visíveis.

As mudanças na configuração física da ocupação podem ser vistas na comparação de fotos aéreas do bolsão, tiradas em momentos distintos. A primeira foto, de 2001, mostra a área antes da ação da Prefeitura. Na época, não havia ali qualquer infraestrutura, as redes de água e de luz eram clandestinas, feitas com "gatos" e "rabichos", com um emaranhado de fios e canos estendidos pelas ruas.

Grande parte das casas estava na beira do rio e das cavas, e sofria alagamentos freqüentes. As construções, de madeira velha ou restos de materiais, não ofereciam a menor condição de segurança e salubridade para as famílias. Havia ruelas entre as casas, abertas pelos próprios moradores, muitas sem saída nem ligação entre elas.

A atuação da Prefeitura no bolsão começou com a retirada das famílias que estavam na margem do rio Iguaçu. De 2003 a 2006, um total de 864 casas que haviam sido construídas na faixa de preservação permanente do rio foram retiradas e seus moradores ganharam um novo endereço. As primeiras 335 famílias foram transferidas em 2003 para o Moradias Jardim Iraí, localizado em área vizinha ao bolsão. Em 2006, mais 529 famílias trocaram a beira do rio por casas de alvenaria no loteamento Moradias Sambaqui, no Sítio Cercado.

Infraestrutura - Depois do reassentamento de quem morava na margem do rio Iguaçu, foi iniciada outra parte da intervenção no bolsão, visando melhorar a infraestrutura da área e resolver um de seus mais críticos problemas: os alagamentos freqüentes. Uma das providências foi a criação de um sistema de contenção de cheias, que inclui dois diques, bombas para escoamento da água e um canal que acompanha o rio Iguaçu.

Os diques têm 12 metros de largura, 1,5 metro de altura e 2,5 quilômetros de extensão total (de uma ponta a outra do bolsão), e possuem, numa das extremidades, um sistema de bombeamento para controlar o volume de água na área. O canal, entre o rio e os diques, tem a função de melhorar o escoamento da água das chuvas e será ligado a uma rede de microdrenagem a ser implantada em breve.

Além da construção dos diques e do canal, também foi executado um aterro para a construção de casas para reassentamento de famílias que estão em condição mais precária de moradia. Para construir os diques e executar o aterro foram utilizados 453 mil metros cúbicos de terra, ou o equivalente a 37,5 mil caminhões basculantes. As casas - 419 unidades - estão em obras e estão sendo ocupadas à medida que ficam prontas. As famílias beneficiadas são das Vilas Icaraí, Audi, Jardim União, União Ferroviária e Alvorada. Até agora, foram entregues 155 casas.

A estruturação do bolsão inclui também a organização do sistema viário local. Para isso foi criada uma rua estruturante, paralela a um dos diques, que também funciona como uma barreira física, isolando a faixa de preservação permanente do rio Iguaçu e impedindo uma nova ocupação indevida do local. As ruas internas estão sendo pavimentadas e as redes de água e energia elétrica foram instaladas para substituir as ligações clandestinas. Parte da área conta agora com rede de esgoto e no futuro este benefício deve se estender por todo o bolsão.

Além disso, a Prefeitura está investindo ainda na implantação de equipamentos públicos para atender os moradores das diversas vilas do bolsão. Hoje, estão funcionando no local duas unidades de atendimento da Fundação de Ação Social (FAS), um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), uma escola municipal de 1ª à 4ª série do 1º grau e duas unidades de saúde. Uma segunda creche está em construção, e no trecho de margem do rio liberado após a saída das famílias está sendo construído um novo parque municipal - o Parque da Imigração Japonesa, projeto da Secretaria do Meio Ambiente, em andamento.

Para o futuro, estão previstos novos equipamentos: um Centro da Juventude, um CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) e uma escola pública de 2º grau. Além disso, para concluir o reassentamento de famílias em situação de risco mais 166 casas serão construídas pela Cohab.

Com todas estas melhorias, o bolsão Audi é uma das áreas na cidade que concentra mais investimentos do município. Os recursos envolvidos nas obras concluídas e em andamento no local chegam a R$ 46,1 milhões. Parte deste valor, R$ 24,1 milhões são investimentos da Prefeitura e o restante, R$ 22 milhões, vem do governo federal.

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