quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Paraná: Assentados terão apoio tecnológico para desenvolver produção agrícola

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, assinou nesta quarta-feira (7) convênio com a Associação de Cooperação Agrícola e Reforma Agrária do Paraná (Acap), no valor de R$ 661 mil, para implantação de unidades demonstrativas de referência em assentamentos, nas áreas de bovinocultura, cafeicultura, olericultura, fruticultura, cultivos florestais e milho e feijão. O convênio vai beneficiar diretamente, com difusão de tecnologias, 260 famílias de assentados e outras 4.500 de forma indireta. 

As unidades demonstrativas são espaços onde os agricultores podem aprender na prática metodologias de plantio e conhecer novas tecnologias, capazes de elevar a produtividade. 


Para o secretário, as famílias de assentados rurais representam a parte mais fragilizada da agricultura paranaense. “São cerca de 20 mil famílias em busca de espaço na agricultura. O Estado está liberando esses recursos para apoiar tecnicamente o trabalho deles, com o objetivo de aumentar o grau de autonomia no campo”, disse. 


Os serviços de assistência técnica prestados pelo Instituto Emater nos assentamentos rurais serão mantidos. O Estado recebia recursos do Incra para manutenção de 102 técnicos para serviços de assistência técnica nos assentamentos, mas o convênio terminou em 2008. Enquanto o acordo não é renovado, o Governo do Paraná vai manter 36 técnicos para orientação técnica parcial. 

Ortigara admitiu que a expectativa do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra era maior. “Vamos buscar incluir emendas no Orçamento da União, liberando mais recursos em 2013 para apoiar iniciativas como essa, para implementar mais convênios, tornando realmente efetiva a cooperação técnica nos assentamentos”, afirmou.

A expectativa da Secretaria é ampliar os recursos na mesma linha que o governo estadual atende a pequena propriedade, promovendo benfeitorias em unidades produtoras de café, leite e bicho-da-seda, entre outros produtos.
TECNOLOGIA – De acordo com o diretor do Departamento de Desenvolvimento Agropecuário (Deagro), Rômulo Assis Lima, as unidades demonstrativas autorizadas pelo convênio vão difundir tecnologia e começar a estruturar e consolidar os assentamentos. 


Para o secretário-geral da Acap, Carlos Neudi Finhler, o desafio das famílias de acampados é compatibilizar as pequenas áreas, no máximo de 10 a 12 hectares, com as novas tecnologias, entre elas a mecanização. O assentado Jean Carlos Pereira, colaborador da Acap, afirmou que a ajuda do Governo do Estado é importante para estruturar as famílias de assentados. “Ajudamos a trazer essas famílias de volta ao campo e agora é preciso dar estrutura para que elas vivam com dignidade e acesso ao bem-estar social, à cultura e à conservação do meio ambiente”. 


UNIDADES – As unidades demonstrativas de bovinocultura de leite serão implantadas em Renascença e Cascavel. Na área de cafeicultura, as unidades demonstrativas serão instaladas em São Jerônimo da Serra. As unidades de olericultura serão instaladas no município da Lapa. As unidades de cultivos florestais serão instaladas em São Miguel do Oeste. As unidades demonstrativas em fruticultura serão instaladas em São Miguel do Oeste. As unidades com lavouras agroecológicas de milho e feijão serão instaladas em Diamante do Oeste e as unidades com lavouras convencionais de milho e feijão serão instaladas em Laranjeiras do Sul.


Nas unidades demonstrativas, os agricultores poderão verificar qual tecnologia pode ser mais vantajosa. De acordo com Assis Lima, esta metodologia é amplamente usada pela extensão rural há muitos anos. “É a maneira mais eficiente para o agricultor adotar novas práticas agrícolas”, declarou. 

Na área de bovinocultura de leite, o convênio prevê a implantação de duas unidades referenciais de 7 hectares cada, priorizando as ações de pastagem, cana-de-açúcar, instalações, melhoramento genético, qualidade do leite, racionalização de insumos e transição agroecológica. 


Na cafeicultura, serão implantadas duas unidades referenciais com um hectare cada. Na unidade demonstrativa de olericultura está prevista a implantação de duas unidades referenciais, sendo uma de 1,50 ha (cenoura, beterraba, tomate, cebola) e outra de 1,8 ha (batata-salsa, batata-doce, abóbora, aipim, inhame, melancia, repolho, pepino).
Nas unidades de fruticultura e cultivos florestais será implantada uma unidade referencial de 2 hectares. Para milho e feijão, serão implantadas cinco unidades referenciais de 2 hectares de plantio orgânico de milho e feijão e cinco unidades referenciais de 1,2 ha de plantio convencional de milho e feijão, totalizando 16 hectares.

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