sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O procurador Roberto Gurgel, no julgamento do mensalão, acusou José Dirceu de ser o "chefe da quadrilha"


Procurador diz não ter dúvida de que Dirceu era chefe da quadrilha

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, rebateu argumentos da defesa do ex-ministro José Dirceu de que não há provas contra ele e afirmou nesta sexta-feira (3) sem cometer "injustiça" e "sem dúvidas" pode apontar que o petista era o chefe da quadrilha do mensalão.


Ao sustentar que o esquema também transcorreu dentro do Palácio do Planalto, na Casa Civil controlada por Dirceu, Gurgel disse que é difícil apontar provas perícias por conta de um hábito de chefes de esquema de não se envolverem diretamente com integrantes do grupo, mas atuarem por meio de interlocutores ou laranjas.


"Quase sempre ocorre com chefe de quadrilha não aparece nos atos de execução de esquema", disse.

E completou: "Dirceu exerceu papel fundamental, sem risco de cometer injustiça foi a principal figura, mentor e grande protagonista. Foi ele quem idealizou o sistema ilícito de mobilização da base e comandou os demais acusados para os demais objetivos".


Dirceu é acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa.


Na avaliação de Gurgel, "a ascendência de Dirceu sobre os outros integrantes do grupo foi cabalmente comprovada, sendo que ele tinha ciência sobre todos os acordos de vantagens indevidas oferecidas" a políticos e partidos aliados.


Sobre os problemas para provas periciais, Gurgel disse que não é fácil encontra provas de questões tratadas entre quatro paredes.


"Quando falo de quatro paredes, falo das paredes da Casa Civil de algo que transcorria dentro do Palácio da Presidência da República."


Responsável pela acusação, Gurgel disse que a "autoria do crime não está em perícias, mas em provas testemunhas que tem o mesmo valor. E essa prova é contundente como a atuação de Dirceu como líder ".


Ele citou depoimento do publicitário Marcos Valério, réu do processo e considerado o operador do esquema, no qual ele disse que o ex-ministro tinha ciência de tudo o que ocorria. (Uol)


Esquema do mensalão usou carro-forte para transportar dinheiro, diz Gurgel




Ao tratar do chamado núcleo operacional do mensalão, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, destacou que o grupo utilizou até carro-forte para transportar recursos do esquema.

O procurador disse que pelo menos R$ 73 milhões foram desviados do Banco do Brasil, uma das fontes de recursos que alimentava o esquema, segundo a denúncia.

Gurgel disse aos ministros que Simone Vasconcelos, ex-diretora da agência SMPB, de Marcos Valério, disse em depoimento que um carro-forte foi contratado para levar R$ 650 mil em espécie.

Parte dos recursos foram entregue a outro réu no processo, João Claudio Genu, ex-assessor parlamentar do PP.

Gurgel disse estranhar o valor em espécie. "Algo que poucas agências têm em espécie nos dias de hoje", afirmou.

O procurador afirmou ainda que os documentos comprovam que foram fechados pela empresa do publicitário Marcos Valério, operador do mensalão, empréstimos simulados. "Na verdade autênticas doações para financiar o esquema ilícito. Os empréstimos foram realizados sem garantias mínimas de pagamento", disse.

"É contraditório a empresa conseguir empréstimo para capital de giro e distribuir so recursos entre os sócios", completou. (Uol)


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