segunda-feira, 18 de junho de 2012

Dá para levar a sério a Rio + 20?

Acompanhando de longe o debate da Cimeira da Terra (Rio + 20) fico intranquilo com o circo de horror que nos ofertam, e nele está sendo apresentado  a peça sobre "o progresso -para poucos- a qualquer custo".

Na Rio +20 os principais países no ranking da destruição ambiental mais uma vez não querem assumir os compromissos estratégicos para a preservação do que resta e pela reconstrução da qualidade de vida no planeta, que passa pela adoção do desenvolvimento sustentável. 

As propostas estratégicas, portanto as mais efetivas não serão aprovadas e os placebos aprovados só em parte serão cumpridos. Do que foi tratado na Eco 92 (Cúpula ou Cimeira da Terra), ocorrida no Rio, até os dias de hoje, ou pensando um pouco mais longe no tempo e lembrando do primeiro evento com o mesmo caráter ocorrido em 72 em Estocolmo temos a certeza de que de fato a vontade política é nenhuma e assim  de 72 para cá tudo é discutido, pouco é aprovado e muito pouco é cumprido.

 O sistema produtivo, veloz, só pensa o momento, e do ponto de vista do futuro o capitalismo só arquiteta no aumento da competitividade para ampliação dos lucros, pouco priorizando a amortização do impacto ambiental que estes causam. 

Pouco importa se estes empresários são ingleses, chineses, alemães, norte americanos, indianos, russos ou "brazileiros", já que a ação extrativista predatória, somada com a indústria poluente, leva todos para a beira do colapso ambiental. A nave é a mesma!

Mais uma vez um grande cenário, composto por mais de 100 chefes de estado, reunidos para não se chegar a lugar algum além do espetáculo midiático. Não temos mais tempo para ficarmos nos enganando com pequenos paliativos:




CIENTISTAS ALERTAM PARA POSSÍVEL COLAPSO DA TERRA POR CONTA DA AÇÃO HUMANA

14 de junho de 2012


Um grupo internacional de cientistas de diferentes áreas publicou na última edição da revista Nature um artigo que vem agitando a comunidade internacional. Trata-se de um alerta sobre um possível colapso do planeta em um futuro próximo por conta da forma como a sociedade humana vem se desenvolvendo.


O crescimento demográfico, a destruição de ecossistemas e o aquecimento global são as principais ameaças que podem provocar um cenário mundial irreversível: falta de alimentos e água potável, grandes secas e migrações em massa, que, por sua vez, podem trazer de volta doenças infecciosas que estariam supostamente controladas.


No entanto, embora esse péssimo diagnóstico tenha sido traçado, o artigo destaca que ainda há tempo para uma mudança radical, que pode evitar esse desastre. Entre as medidas mais urgentes, está o controle do crescimento populacional, a redução do uso de energia e o emprego racional e sustentável dos recursos. Definitivamente, os cientistas assumem que é legítimo temer pelo futuro do nosso planeta, mas, ao mesmo tempo, eles propõem a necessidade de uma verdadeira mudança, enquanto ainda há chance para isso.
Artigo relacionado:


Nature

1 comentários :

Anônimo disse...

Qndo todos se unem à uma causa qualquer coisa pode ser levada a serio.

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