Os que estavam acostumados a se blindarem em salas e a
conversar baixinho que se cuidem, pois o mundo está cuidando dos rastros destes.
No mundo global virtual o que é coletivo ganha força nesta aldeia conectada por
satélites e fibras óticas.
Há vinte anos a comunicação dos que estavam longe dos seus
era através de cartas, e para os com mais poder aquisitivo o telefone, o fax ou
o telex, já que o celular, que perante os de hoje era um trambolho da idade da
pedra, era para poucos. Tudo mudou. Hoje o debate social faz parte da relação
em sociedade e a comunicação, mesmo que seja no particular feita por pessoas
com menos recurso tecnológicos, é barata e instantânea, é a carta com diálogo
online.
É claro que uma tela, uma câmera e um microfone nunca irão
substituir o contato face a face, já que o calor humano do caminhar ombro a
ombro, como o olhar face a face, ou até o cheirar são insubstituíveis, somos
seres sociais dotados de tato, olfato, visão audição e paladar. Mas para os que
independente da distância estão longe amenizam as dificuldades para ocorrer à
interação interpessoal.
Para quem quer conviver em sociedade os grupos e
comunidades, ambientes virtuais coletivos, se fazem tão presentes como as
sofisticadas conferências virtuais envolvendo chefes de Estado. A comunicação foi democratizada e o conceito
de longe fica cada vez mais distante ao as distâncias desaparecerem.
Aos poucos vamos perdendo a timidez na convivência com “estranhos”,
e começamos a socializar as nossas relações em comunidade, e isto é bom. O que
antes era para poucos se torna coletivo nas interações pelos debates, onde,
enquanto sujeito, resgatamos o nosso protagonismo. Assim, no ciberespaço, surgem
desenvolvem novas perspectivas para ampliarmos nossos horizontes, tanto no
individual como no coletivo. Podemos coletivamente nos comunicar e fazer as
trocas de saber, o que para a humanidade significa uma grande revolução.
Com a ampliação do poder de comunicação os diversos grupos sociais
acabam por interagir coletivamente e nesta troca, que gera choques culturais, todos
ganham, já que de origem somos filhos de uma mesma tribo e a sua desunião,
pelos pré-conceitos, com o tempo irá se amenizar, temos mais em comum do que
questões pontuais a nos dividir!
As portas, antes trancadas, se abriram e o infinito é o
limite, e este é o resgate das velhas rodas tribais em volta da fogueira!
As paredes de nossas casas não nos aprisionam mais!
O conselho tribal está novamente se reunindo!
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