quarta-feira, 18 de abril de 2012

Fruet é vira casaca e caluniador de Lula, diz Articulação de Esquerda do PT

Nota oficial distribuida à imprensa pelo grupo Articulação de Esquerda do PT de Curitiba desmascara o apoio do partido à candidatura do ex-tucano Gustavo Fruet (PDT).


Leia a seguir a sua íntegra:


Nota Oficial da Articulação de Esquerda, Tendência Interna do PT/Curitiba

Eleitores esperam orientação de Lula e Dilma e perguntam: “Por que não podemos ter candidatura do PT em Curitiba?”. As prévias do PT de domingo passado mostraram que 43% dos petistas rejeitam a aliança com
Fruet no primeiro turno. A mobilização mostrou a disposição da nossa fiel militância para defender os candidatos do Partido nas eleições municipais, reagindo ao discurso derrotista de alguns de nossos dirigentes.

Mostrou também que, se os “defensores de Fruet” usassem os recursos de que se utilizaram
para tentar convencer-nos que “somos fracos demais”, num esforço para mobilizar o partido em torno de uma candidatura, nossas chances de vitória seriam enormes.

Parece até que eles menosprezam o fato de que contaremos com o apoio do companheiro Lula,
o grande eleitor de Curitiba, pois 70% dos pesquisados disseram que votariam no candidato que ele indicasse. Se ao invés de reclamar da “falta de consciência política” do povo de Curitiba, os defensores de Fruet acreditassem na força de nosso programa e da nossa militância, os ultados seriam muito melhores.

E poderíamos ter o PT na prefeitura ou pelo menos um significativo aumento da nossa
bancada de vereadores, cujo pequeno numero (temos apenas 3 vereadores num total de 38 ) é inaceitável para um partido cuja presidenta tem 77% de popularidade em Curitiba.

Um PT fraco e sem vontade de lutar

Parece até que para alguns, o PT precisa estar sempre estar fraco, para poderem justificar
essa irresistível vontade de querer que apoiemos os candidatos das elites que mandam nessa cidade, alegando a nossa própria fraqueza em vez de trabalharem por nosso fortalecimento.

Mas nem tudo está perdido. As prévias apenas indicaram a quantidade de delegados para cada
hapa e abandonar a candidatura própria e apoiar Gustavo Fruet já no primeiro turno seria um grave erro. E isso não será difícil de demonstrar aos companheiros no nosso encontro do dia 28 de abril.

Primeiro porque nosso partido deveria lançar uma candidatura no primeiro turno, para medir
sua força e, se fosse o caso, ter melhores condições de uma aliança no segundo turno. Por que o PT, o maior partido do Brasil, não pode fazer isso em Curitiba? Haverá alguma proibição que não sabemos?

Segundo porque a eleição de novos vereadores do PT, com numero 13, ficaria muito difícil
se fizermos campanha para o prefeito com numero 12. Além disso, devido à nossa posição subalterna, os votos do PT trabalhariam para eleger vereadores do PDT, o partido do candidato a prefeito…Será que é isso, fortalecer o PDT, o que se quer?

Terceiro porque, graças ao seu passado de caluniador do Lula, da Dilma e do PT, sua imagem
de apoiador de José Serra e Alkimin, a maior rejeição a Gustavo Fruet já é enorme dentre os filiados e eleitores do PT. Dá para imaginar a vontade da nossa militância em fazer campanha para quem acusou o Lula de todo que é crime?

Quarto, porque todo mundo sabe que Fruet só veio “costear o alambrado” do PT porque Richa,
com medo de perder, preferiu apoiar o atual prefeito Ducci, temendo que a força eleitoral do ex-tucano serrista, não conseguisse derrotar um candidato do PT, apoiado pela popularidade de Lula e Dilma. Acreditar na fidelidade de Fruet ao PT é outra aventura.

Todo mundo sabe que quem virou a casaca, (não só uma, mas duas vezes), pode
tranquilamente, virar de a casaca de novo.
Quem garante que assim como saiu do PMDB e agora do PSDB, o “bom mocinho”, depois de
eleito, não faça como outros já fizeram com o PT e traia seus compromissos?

Onde está a garantia de que, após eleito, Fruet não faria novamente as pazes com os
tucanos que governam o Estado e a Prefeitura? Quando terá Fruet se comprometido em impedir a privatização da saúde, da educação, da cultura, que já estão em marcha? Onde isso está escrito? Quando ele disse isso?

E tem mais: Fruet até agora não falou nada contra Beto, contra os tucanos. Fruet nem ao
menos se retratou das ofensas que dirigiu a Lula, durante a conspiração do “mensalão”, montada por Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira para derrubá-lo. Mentiras que ele, Fruet, com a maior “cara-de-santo”, ajudou a propagar no programa do Jô e em várias oportunidades que a
mídia, sua fã, sempre lhe proporcionou! Basta entrar na internet e colocar o nome dele para assistir as acusações infundadas que ele levantou.

E isso, nos coloca um grande problema, se o PT fechar com Fruet: como iremos nas vilas e
bairros defender quem caluniou Lula, nossa maior liderança? Vai parecer até que “gostamos de apanhar” e que nem ligamos se alguém xingar Lula se ele tiver algum voto para nos dar…

Como faremos se algum eleitor nos disser: “Vocês agora estão apoiando esse Fruet, que
xingou o Lula de ladrão? Esse Fruet se arrependeu do que falou do Lula ou o Lula é mesmo um ladrão, como esse sujeito disse na televisão e vocês concordam com ele? Como vocês andam com alguém que xingou o Lula?”.

Por que essa aliança com Fruet não foi explicada às claras para a nossa militância? Por que
ela já é tida como certa por membros da Direção e pela grande imprensa, que parece, sintomaticamente, atuar de forma consonante com essa estratégia? Por que nossa aliança não pode ser com Ratinho, com Greca, com Fajardo do PPL ou até com o próprio Fruet, mas no segundo turno?

Será que os apoiadores de Fruet no PT não confiam no apoio de Lula nem para ir ao segundo
turno?

Como dá para entender que a imprensa local que odeia o PT, a Dilma e o Lula apoie
abertamente o Fruet, que pelo jeito é tão querido pela maioria da direção municipal do PT?

A luta pela candidatura própria ainda não terminou. Perdemos somente de 43% a 57%, enfrentando o poder econômico e a influencia política de
dois ministros, alguns deputados e vereadores já eleitos. Não esqueçamos que o resultado apenas deu a proporção de delegados à Convenção nas duas chapas.

A hora é de manter a argumentação e a estratégia de convencimento dos diversos setores do
Partido, principalmente dos delegados que vão participar do Encontro Municipal.

Até lá, por mais que a direita política do Paraná e sua imprensa contem como certa a
subjugação do PT aos interesses oligárquicos, devemos manter a luta digna e necessária pelo fortalecimento do PT em Curitiba, defendendo uma candidatura própria.Por que não?

Se Lula e Dilma estiverem conosco e nosso partido estiver unido, de onde vem esse “medo”,
essa “vergonha” de nos apresentarmos ao eleitorado no primeiro turno, com candidato próprio?

Curitiba, 17 de abril de 2012.

André de Souza Vieira/ Coordenador Geral/AE-PR

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