sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

DNA vai apontar se assassino acusado de pedofilia matou Rachel Genofre

A Polícia Civil encaminhou ao Instituto de Criminalística (IC), nesta quinta-feira (26), o material genético de Cristiano Gonçalves, de 25 anos, preso no sábado (21), em Santa Izabel do Oeste, no Sudoeste do estado, acusado de violentar e matar uma menina de 7 anos. O DNA dele será comparado com o do sêmen encontrado no corpo da menina Rachel Genofre, encontrada morta dentro de uma mala na Rodoferroviária de Curitiba há mais de três anos. Segundo a delegada Vanessa Alice, há muitos detalhes semelhantes entre os crimes, o que aumenta as suspeitas sobre Gonçalves.

“Se o exame der positivo, vamos solicitar outras diligências, mas já teremos definida a autoria, porque será uma prova conclusiva”, informou a delegada.

Assim como no caso Rachel Genofre, no crime ocorrido em Santa Izabel do Oeste, o corpo da menina também foi colocado em uma mala. “Em três anos de investigações, não tivemos nenhum caso em que a vítima foi colocada dentro de uma mala. Isso nos chamou muito a atenção”, disse a delegada.

As semelhanças entre os casos não param por aí. Além de serem postas em malas, o autor dos crimes enfiou sacolas plásticas na cabeça das vítimas. Tanto Rachel quanto a menina assassinada no Sudoeste do Paraná sofreram diversas agressões físicas antes de serem mortas. O perfil das violências sexuais sofridas pelas crianças também é parecido. “A única diferença é que Rachel teve os cabelos cortados pelo assassino”, observou Vanessa.

Dentre os retratos-falados elaborados pela polícia ao longo das investigações, um deles apresenta grande semelhança com Gonçalves. Essas imagens nunca foram divulgadas pela polícia para não prejudicar as investigações. Outro aspecto que chama a atenção da delegada é o fato de o suspeito ter morado em Joinville, Santa Catarina, antes de se mudar para o Sudoeste do estado. “Como são cidades muito próximas, ele pode ter passado por Curitiba”, aponta Vanessa.

Na quarta-feira (25), policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) foram a Santa Izabel do Oeste, onde Gonçalves está preso, e o interrogaram. Segundo a delegada, o suspeito alega que nunca esteve em Curitiba e que não sabe quem era Rachel Genofre. Ainda não há uma data para que a polícia receba o resultado do exame de DNA, mas a delegada ressalta que pediu urgência ao IC.

Os casos

O corpo de Rachel Genofre, 9 anos, foi encontrado dentro de uma mala na rodoviária de Curitiba no dia 5 de novembro de 2008, dois dias depois do desaparecimento da menina. Ela foi posta na bolsa em posição fetal, envolvida em dois lençóis. Na cabeça da criança, havia sacolas plásticas. Rachel sofreu violência sexual e diversas agressões.

Ao longo das investigações, diversos suspeitos foram presos. Cerca de 100 exames de confronto de DNA foram realizados, mas todos deram negativo. São mais de 1,1 mil dias de investigação, nos quais a polícia chegou a viajar a quatro estados para interrogar suspeitos.

O outro caso ocorreu no último fim de semana. A vítima – uma menina de 7 anos – não teve o nome divulgado pelas autoridades. A mala em que estava o corpo dela foi encontrada na casa do suspeito, por volta das 12 horas de sábado (21). Ela havia desaparecido na madrugada do mesmo dia.

Segundo a polícia, Gonçalves confessou que sequestrou a menina da casa dos tios e a levou para sua residência, onde a estuprou. O acusado era amigo da família da vítima e chegou a ajudar nas “buscas” pela menina, para despistar a polícia. Ele permanece preso na delegacia de Santa Izabel do Oeste. (GP)

0 comentários :

Postar um comentário

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles