quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Defesa Civil retira famílias de área de risco em Antonina

Cinco famílias moradoras de duas áreas de risco de Antonina, região litorânea, foram removidas de suas casas na noite de terça-feira (10), depois que o Simepar alertou para a grande quantidade de chuva prevista para a região. As 16 pessoas foram encaminhadas para um abrigo na Escola Municipal Gil Feres e residências de familiares.

Com o excesso de chuva acumulado, as encostas dos bairros Caixa d’Água e Graciosa de Cima correm risco de desmoronamento e deslizamento. O volume de chuva registrado nos últimos três dias é de 129 milímetros, o dobro do considerado adequado. O Corpo de Bombeiro, a Polícia Militar e o Conselho Tutelar acompanharam as desocupações.

“A evacuação preventiva das famílias seguiu a orientação do governador, que recomenda que a prioridade seja a preservação da vida”, disse o secretário-chefe da Casa Militar e coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Adilson Castilho. Ele vistoriou, nesta quarta-feira (11), as residências desocupadas e disse que o governo estadual está acompanhando as previsões de chuvas e oferecendo todo suporte aos moradores.

Os desabrigados encaminhados para a escola municipal recebem alimentação diária. O coronel Castilho informou que as famílias deverão retornar em breve para suas residências, porque há tendência de o clima melhorar. A Cohapar está construindo 50 unidades habitacionais para a retirada definitiva das famílias de áreas de risco.

O geólogo Oscar Salazar Junior, da Mineropar, acompanhou a vistoria e avaliou a situação do solo. “Nossa experiência mostra que nessas condições já pode haver deslocamento de massa. Não podemos esperar que o desastre ocorra para agir”, afirma ele.

POPULAÇÃO – O morador Luiz Fernando Oliveira, 21 anos, do bairro Gracioso de Cima, reconheceu a necessidade da medida e disse que a segurança da sua família é o mais importante. “Está desbarrancando tudo. Entendo que a melhor alternativa é a saída imediata”, disse. Ele e sua esposa, que está grávida, estão abrigados na escola municipal. A expectativa de Oliveira é se mudar logo para as unidades habitacionais que estão sendo construídas.

Sheila Pereira Teixeira, 22 anos, e mãe de duas filhas, afirmou que obedeceu a orientação da Defesa Civil por reconhecer a gravidade da situação. Ela disse ter muito medo que ocorra um deslizamento de terra. “Saímos por causa das crianças. Eu entendo que é muito perigoso”, disse a moradora, que foi levada para a casa dos pais.

De acordo com o Simepar, a frente fria que avança pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina aumenta a precipitação na região a partir de quinta-feira e trará chuvas fortes, principalmente, na sexta-feira (13). Na segunda-feira (16), a expectativa é que o tempo volte à condição normal para a estação, com pancadas localizadas, segundo o meteorologista Paulo Barbieri.

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