segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Comando de Greve Unir

O processo de escolha de um reitor numa universidade não é exatamente democrático: primeiramente é feita uma consulta à comunidade acadêmica, depois é enviada uma lista tríplice ao MEC. Na consulta, os votos da comunidade acadêmica têm pesos diferentes: os votos dos professores valem 70%, os votos dos alunos valem 15% e os votos dos técnicos valem 15%. Pensando em números absolutos, é mais fácil comprar metade dos professores do que convencer todos os alunos e técnicos. Na última consulta realizada, havia três candidatos a reitor: Januário, Theóphilo e Júlio Rocha. Por pouco, Januário ganhou. A partir dessa consulta foi elaborada a lista tríplice. Na lista, constavam Januário, José Lucas Pedreira Bueno e Aparecida Luzia Alzira Zuin (Cidinha). Cadê a democracia aqui?

O terreno de Rolim de Moura, que a UNIR tanto quer comprar superfaturado, está subdivido em três partes. A Toshiba está localizada numa parte e tem contrato de permanência por mais três anos, ou seja, a UNIR não poderia usufruir dessa parte imediatamente. Além disso, o terreno tem um débito (IPTR, por exemplo) de uns 4 milhões. A Caixa se recusou duas vezes a fazer avaliação do terreno porque (1) ficava na zona rural e porque (2) não dispunha de engenheiro florestal. O que a Caixa fez foi sancionar uma avaliação de um subcontratado. Quem contratou esse que fez a avaliação? Adivinha.

Os concursos viciados seguem diferentes padrões: (1) o sujeito é aprovado numa cidade do interior e lotado na capital (sendo que a remoção do concursado custa em média um salário de doutor para a universidade); (2) o sujeito tem vínculos óbvios com membros da banca (ex-orientador é examinado pelo orientador); (3) a banca não conta com nenhum especialista da área do concurso (ex: Concurso de Gestão Ambiental, banca: psicólogo, historiador e pedagoga); (4) o sujeito é aprovado apesar de não possuir a titulação mínima exigida pelo edital. É função da Reitoria fiscalizar essas irregularidades, não é?

Como a reportagem do Fantástico mostrou, Januário foi presidente da Riomar e correm contra ele 16 acusações de improbidade administrativa.

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