domingo, 23 de outubro de 2011

Orlando Silva começa a perder poder: ONGs ficarão fora do programa Segundo Tempo, que passará à alçada do MEC

O governo vai transferir o programa Segundo Tempo, alvo de irregularidades no Ministério do Esporte, para o Ministério da Educação (MEC). Os estudos começaram há seis meses, mas a proposta ganhou força na última semana diante das denúncias de que o programa seria usado para arrecadar dinheiro para o PCdoB por meio de entidades não governamentais. O MEC está disposto a cumprir a determinação desde que os convênios sejam feitos com entes públicos (prefeituras e estados). O temor da cúpula da Educação é que o Segundo Tempo — da forma que está estruturado — represente um “abacaxi” do tamanho do antigo Brasil Alfabetizado. Em 2007, foram identificadas fraudes no programa de alfabetização e o MEC cobra a devolução de R$ 14 milhões de ONGs. A pasta chegou a pedir uma auditoria no programa do Ministério do Esporte para identificar problemas e preparar-se para tocar o projeto. Atualmente, o Segundo Tempo já tem um braço no MEC, através do Mais Educação, programa que desenvolve atividades extracurriculares nas escolas públicas. No ano passado, 1.100 unidades educacionais faziam parte do programa. Este ano, o número subiu para 5 mil. A ideia é que novos contratos só sejam firmados com o poder público. Em reunião com a presidente, o ministro do Esporte, Orlando Silva, ouviu de Dilma que ele permanecerá à frente da pasta, mas foi avisado de que a pasta sofrerá mudanças. O alvo dos problemas, o programa Segundo Tempo, deve migrar do Esporte para a Educação, pelo fato de o perfil dos beneficiários coincidir com o dos alunos da rede pública. (CB)

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