quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Caixa prevê alta de 20% na liberação de recursos para habitação em 2011, o que é muito bom para o programa habitacional do Paraná

Normando Baú, presidente do Sinduscon; Jorge Kalache, superintendente regional da Caixa; Mounir Chaowiche, presidente da Cohapar e José Urbano Duarte, Vice-presidente de Governo da Caixa.


A Caixa Econômica Federal (C

EF) prevê alta de aproximadamente 20% na liberação de recursos para habitação em 2011 sobre 2010, para um valor de aproximadamente R$ 84 bilhões. De acordo com a instituição, até 1º de agosto foram liberados cerca de R$ 45 bilhões. Dessa forma, restam ainda cerca de R$ 39 bilhões a serem liberados até dezembro, disse nesta quinta-feira (11) o vice-presidente de governo, José Urbano Duarte.

O valor de R$ 84 bilhões, contudo, é uma previsão conservadora, que pode ser ultrapassada, afirmou Duarte, chegando a R$ 89 bilhões ou R$ 90 bilhões. "Isso demonstra essa curva ascendente de crédito, evidentemente com a importância do Minha Casa Minha Vida", disse.

No primeiro semestre deste ano, foram liberados R$ 34,7 bilhões para habitação, para cerca de 500 mil unidades.

De acordo com a Caixa, os financiamentos tiveram crescimento de 17,7% no período frente o mesmo semestre de 2010. Foram R$ 31,2 bilhões, dos quais R$ 17,4 com recursos da caderneta de poupança e R$ 13,6 bilhões com linhas que utilizam o FGTS.

Até 30 de junho de 2011, no âmbito do Minha Casa Minha Vida 2, a Caixa destinou R$ 12,6 bilhões para mais de 550 mil pessoas beneficiadas e 167 mil novas moradias.

A Caixa tem cerca de 75% de participação do financiamento imobiliário de todo o país.

O financiamento imobiliário representa cerca de 80% da carteira de crédito da Caixa. Para toda a carteira de crédito, a previsão é de crescimento total de 30% neste ano, disse nesta terça o presidente da instituição, Jorge Hereda.

Aumento da classe C
De acordo com Duarte, em dez anos, aumentou em quase quatro vezes a participação da classe C nos financiamentos imobiliários com FGTS da Caixa. Em 2001, a participação da faixa era de 26%, fatia que passou para 80% em 2011. Para a Caixa, a renda da classe C é de R$ 1.115 a R$ 4.807.

Aumentou, ainda, a participação de pessoas mais jovens nos financiamentos. No final de 2010, do total dos clientes que tomaram financiamento com a Caixa (FGTS e poupança), 42% tinham até 35 anos. Neste ano, esse número saltou para 55% dos clientes com até 35 anos. "As pessoas perceberam ter a possibilidade de um financiamento para que possam comprar imóvel mais cedo (...). Pode ser que ele tenha mais segurança em relação ao futuro ou esteja mais tranquilo neste momento do ponto de vista da situação financeira para fazer um financiamento".

No que diz respeito aos preços, da carteira total de imóveis financiados pela Caixa, 81% tem o valor de até R$ 100 mil, disse.

Crise econômica
Segundo Hereda, o banco já discutiu possíveis efeitos da turbulência da crise global, em meio a crises de dívida nos Estados Unidos e na zona do euro. “Estamos discutindo entre nós e vamos cumprir nosso papel”, afirmou.

De acordo com ele, se preciso, o banco fará o mesmo que em 2008, quando o governo incentivou bancos públicos a ofertarem mais crédito diante do recuo das instituições privadas. “Acho que os bancos privados erraram naquele momento (...). Esse enfrentamento vai ser feito, se necessário e, se os bancos privados recuarem, vamos ter mais mercados, o que para nós vai ser muito bom”, disse.

Lucro
A Caixa registrou lucro líquido de R$ 2,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, crescimento de 36,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando atingiu R$ 1,7 bilhão, divulgou nesta quinta-feira (11) a instituição.

O resultado foi reflexo do bom desempenho das operações de crédito, que aumentaram 38% em comparação com mesmo período de 2010, alcançando saldo de R$ 205,9 bilhões.

Dentro das operações de crédito, o que mais impacta são as operações habitacionais, que registraram saldo de R$ 129,3 bilhões, 48,8% de expansão em 12 meses. Os financiamentos com recursos das cadernetas de poupança (SBPE) superaram R$ 68 bilhões. As linhas que utilizam recursos do FGTS alcançaram R$ 61 bilhões. As altas foram de 53,3% e 44,3%, respectivamente.

De acordo com a Caixa, a inadimplência total (atrasos superiores a 90 dias) do crédito na Caixa manteve-se estável no primeiro semestre deste ano, em cerca de 2,1% e abaixo do porcentual de junho de 2010, que foi de 2,3%. (G1)

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