sábado, 5 de março de 2011

Na Era Lula, usineiros receberam mais de R$ 28 bi do BNDES

Empréstimos ao setor somaram R$ 28,2 bilhões nos últimos oito anos, ante R$ 2,2 bilhões na gestão FHC. Chamados de "heróis" por Lula em 2007, produtores receberam mais aportes em 2010 do que a metalurgia.

Considerados "heróis mundiais" pelo ex-presidente Lula, os usineiros obtiveram, nos últimos oito anos, R$ 28,2 bilhões em empréstimos do BNDES.
Só em 2010, por exemplo, foram R$ 7,4 bilhões que financiaram desde o cultivo de cana-de-açúcar (R$ 953 milhões) até a fabricação de açúcar e álcool (R$ 5,6 bilhões) e a cogeração de energia (R$ 665 milhões).
O valor foi superior ao repassado a outros setores da economia no ano, como as indústrias de papel, celulose e extrativista juntas (R$ 3,1 bilhões), mecânica (R$ 5,3 bilhões), metalurgia (R$ 4,9 bilhões) e têxtil e vestuário (R$ 2,1 bilhões).
Para o coordenador de açúcar e álcool do Ministério da Agricultura, Cid Jorge Caldas, o volume desembolsado coincide com a retomada da produção de etanol, impulsionada pelos veículos flex.
"Por causa da demanda por etanol, surgiram novos investimentos de usinas e grandes grupos entrando no ramo. De 2005 para cá foram 150 novas usinas", disse.
Comparado aos oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), o desembolso foi 1.156,4% maior. Segundo o banco, no período foram desembolsados R$ 2,2 bilhões.
"O BNDES sempre foi um parceiro do setor e seu avanço passa pelo financiamento", disse Sérgio Prado, representante da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar) na região de Ribeirão Preto.
Ele afirmou que o papel do banco foi "fundamental" para o setor sobreviver aos efeitos da crise mundial. "Eles [BNDES] financiaram até capital de giro às usinas."
O ex-presidente Lula se referiu aos usineiros como "heróis" em 2007.
À época, ele disse que os empresários, até seis anos antes, "eram tidos como se fossem os bandidos do agronegócio" e que estavam virando "heróis nacionais e mundiais" porque todo mundo atentou para o etanol.

INVESTIMENTO
Os desembolsos do BNDES vão garantir à Usina Batatais, por exemplo, a construção de sua fábrica de açúcar na unidade localizada em Lins.
O pedido de R$ 60 milhões deve ser liberado até o final do semestre, segundo previsão de um dos diretores da empresa, Bernardo Biagi.
O desembolso de R$ 446 milhões à ETH Bionergia, do grupo Odebrecht, vai garantir a implantação de quatro novas usinas do grupo.
Já a Agroenergia Santa Luzia conseguiu R$ 201,6 milhões para elevar a capacidade de moagem e produção de energia de suas usinas.
"O BNDES tem sido um importante instrumento de capitalização das usinas para investimento e crescimento do setor sucroenergético", afirmou Biagi (Folha de S.Paulo)

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