domingo, 13 de março de 2011

Lá vem o Brasil descendo a ladeira II ....


Neste país onde até fotos de comícios são fraudadas e as grandes fortunas herdadas não são tributadas com deveriam ser, aonde só os pobres no final acabam pagando quase que a totalidade dos impostos, já que estes na maior parte das vezes são repassados ao consumidor final, e não esquecendo o fato de que por não pedirmos nota fiscal nem ao menos parte deste dinheiro embutido nos preços retornam em forma de benefícios, pois sem nota fiscal não existe arrecadação e sim o ilegal maior lucro para os atravessadores que pirateiam no mercado, a inflação é apenas mais um dos problemas a serem enfrentados. As seqüelas deixadas pelo enfrentamento monetarista ortodoxo contra este monstro também deságua com mais força nos orçamentos domésticos da já empobrecida população.
Os alimentos estão mais caros tal quais os serviços públicos (água, luz, coleta de lixo, etc.), o que acaba refletindo diretamente em outros custos, enfim, sobe o preço de tudo.

Em uma economia monetarizada e totalmente aberta e atrelada ao especulativo sistema financeiro, como ao mercado internacional de commodities, estamos reféns dos banqueiros internacionais, dos mega atravessadores internacionalmente controlando os preços praticados no mercado e de um estado subserviente aos interesses do grande capital apátrida, que aqui transforma a nossa pátria em um grande quintal.

É praticamente impossível crescer sem a inflação, pois está é umbilicalmente ligada à própria natureza de expansão do capital. Durante os governos Collor e FHC foram tomadas medidas econômicas de abertura passiva de nosso mercado, depois mantidas pelo Lula, como também medidas monetaristas ortodoxas de combate a inflação, as quais o Lula manteve em um período diferente de expansão da economia mundial, mas temos de levar em conta que no período do FHC o mundo passava por grandes crises recessivas internacionais (asiática, mexicana, etc.).

Embora as medidas neoliberais tomadas por estes governos na nossa economia ainda continuem impondo os nosso rumos com altos juros, sobrecarga de impostos, a pouco existente intervenção estatal na economia, que quando ocorre se dá pelas agências reguladoras que nada regulam e deixam o povo ser massacrado pelo grande capital, vide o caso das empresas telecomunicações, que são por parte dos contribuintes as campeãs de reclamações junto ao PROCON, pois o Lula quando assumiu disse que “não iria mudar o que estava dando certo”, este não são os responsáveis diretos pela nossa situação atual.

Durante os anos do governo Lula, ao contrário do que aconteceu no governo FHC, a economia mundial passava por um período de expansão e prosperidade, o que deveria ser para nós um período de expansão pujante da economia pela diminuição dos juros e dos impostos se tornou as repetições das políticas de estado adotadas em um período anterior de recessão mundial. Enquanto todo o mundo adotava políticas monetárias mais heterodoxas investindo em infra-estrutura, no aquecimento dos mercados internos com a oferta fácil de dinheiro barato aos grandes empregadores médios e pequenos empreendedores , em investimentos em pesquisa e tecnologia, no aperfeiçoamento da estrutura de educação básica e da superior tecnológica, nossos governantes priorizaram o pagamento da dívida externa, que antes de ser paga não foi nem ao menos auditada, assim mais uma vez a prioridade não foram as nossas e sim as do “Deus mercado internacional”.

No período de grande expansão da economia mundial os países que adotaram políticas econômicas mais heterodoxas cresceram na média mais de 7,5% ao ano, enquanto aqui atingíamos pífios porcentuais de menos de 5% ao ano. Quanto o governo Lula, mais por razões eleitoreiras do que por ter realmente um projeto estratégico expansionista de desenvolvimento gradual planejado a médio e longo prazo, lança o PAC, programa que não conseguiu até hoje efetivar, pois o PAC- 2 não passa de uma mera continuidade do que não foi realizado pelo PAC-1, o mundo já estava a beira de uma nova crise.

O período de prosperidade pela expansão da economia mundial passou e a crise, que não é aquela marolinha anunciada pelo Lula e sim uma profunda crise estrutural no mercado globalizado, agora agravado com o que acontece com o Japão, que é um dos nossos maiores compradores de commodities, começa a bater com intensidade nas nossas portas, e a recessão, que a muito aqui é uma política permanente, pela inflação e cortes estatais em investimentos, quase sempre na área do social, continua batendo a nossa porta.

Durante a milionária campanha eleitoral da Dilma, onde até poste foi inaugurado, a grande e a pequena mídia comprada, mais de 7.500 venais meios de comunicação, alardeavam os milagres do PAC, o Bolsa Família enquanto coisa estratégica, o fato de não termos mais dívidas, o que é uma mentira, pois a dívida interna mais do que dobrou ao passarmos de R$ 892,94 bilhões para perto de R$1,7 trilhões.

O que de bom trouxe para nós pagar uma dívida externa com juros de 4% ao ano e fazer uma dívida interna de 1,7 trilhões, com jutos acima de 4% ao mês? Qual a vantagem de termos pago o FMI? Alguém poderia me convencer de que valeu a pena pagar a dívida externa? Quanto a dívida interna, ela dobrou no governo Lula!!!!

Agora na “marola” da volta aos tempos de inflação mais alta, o consumidor está tendo novamente de conviver com a pilantragem do ressurgimento com força de mecanismos informais de indexação, que é a correção automática de preços com base na inflação passada.

Para o nosso infortúnio Curitiba é a capital com a inflação mais alta do país nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula 7,15% no período na cidade, acima da média nacional de 6,01% e do teto da meta perseguida pelo Banco Central, que é de 6,5%.

Hoje o estimado é que entre 40% e 50% do orçamento das famílias brasileiras esteja vinculado a algum tipo de indexação inflacionária. Os “melhores” exemplos são as tarifas de energia elétrica, telefonia e o preço do aluguel, que levam em conta os índices de inflacionários para anualmente reajustar os valores. Outro agravante é o fato dos empresários de forma extorsiva aumentarem a inércia inflacionária superfaturando os lucros com a alegação de “estarem se resguardando das perdas com a futura inflação”, o que detona ainda mais o processo inflacionário, mas o governo e suas agências reguladoras nada vê, nada ouve e nada fala, pois nada faz para impor regras sérias ao mercado.

Enquanto o monstro inflacionário sai da toca a ortodoxa Dilma dá início a implantação de medidas recessivas impondo cortes ao orçamento e estes, “para variar”, ocorrem na parte do erário com uso social, educação, habitação e saúde, como em setores também estratégicos para o país como é o da segurança nacional.

O duro é saber que o país a cada dia em vez de ser beneficiado pela expansão industrial, o que agrega valores aos nossos produtos primários, gera melhores empregos, aumenta os superávits em nossa balança comercial e aumenta a poupança nacional, a cada dia se desindustrializa mais. Neste aumento de consumo interno causado pelo pífio crescimento econômico as nossas indústrias pouco aumentaram a sua produção, pois por não serem, competitivas nem internamente, já que a muito estão sendo vitimadas pelos altos impostos agregados aos preços, o que diminui o consumo de produtos nacionais, como pelo dumping econômico exercido pela China, pelo EUA e outras potências, pouco se beneficiaram e muito menos o povo, que continuará pagando por produtos com preços exorbitantes e sendo escravizado no mercado de produção de produtos primários ou na prestação de serviços.

Aquecidas pela demanda do mercado consumidor brasileiro, as importações de produtos industrializados pelo país vêm crescendo a um ritmo mais acelerado do que as nossas exportações dos mesmos, pois o grosso dos negócios na nossa balança comercial, a cada dia mais, são originados na exportação dos produtos primários.

Entre 2009 e 2010, o que se agrava em 2011, a invasão de importados no Brasil bateu todos os recordes. Pelos dados oficiais de 70 governos, o Brasil está enfrentando a maior expansão de importações entre os membros do G-20 (20 países mais ricos e influentes do mundo) e entre todas as economias que tiveram seus dados compilados pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

A comparação entre o que o Brasil importou em dezembro de 2009 até neste ano demonstra um aumento das importações de mais de 45%. Em qualquer comparação entre 2009 e 2011 o Brasil lidera em expansão de importações.
Em 2010, o Brasil foi à economia que teve a maior expansão de importação de produtos europeus. O crescimento das vendas européias ao Brasil foi de 54% de janeiro a agosto.

Quanto as exportações chinesas, a participação da China nas importações do Brasil cresce sem parar desde 2000. O país asiático já é o segundo maior fornecedor do Brasil e fica atrás apenas dos Estados Unidos.

De acordo com informações do Observatório Brasil-China, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em 2010, há uma década essas importações da China representavam 2,19% de todas as mercadorias que chegavam ao Brasil. Comparado a 2010, os produtos chineses já representam 13,71% do total das importações brasileiras, o melhor índice da China no setor dentro do Brasil.

Será que é isto é o DESENVOLVIMENTO para o país que o PT pregava quando eleitoralmente dizia ser a “ESPERANÇA VENCENDO O MEDO”?

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