quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O Festival de Curitiba vai reunir 3 mil artistas

O Festival de Curitiba, evento iniciado há 20 anos com a proposta de levar teatro, lazer e cultura à população, pretende, com a edição deste ano, "reconhecer no teatro brasileiro atual uma sintonia com o país vibrante, intenso, que se transforma e se agita sem parar, como se realizasse a sua vocação".

Previsto para o período de 29 de março a 10 de abril, o festival pretende reunir em Curitiba quase 3 mil artistas em 31 peças da mostra principal e 373 no Fringe. "Queremos ser o eixo de todos os que orbitam nesse universo do teatro", observou o diretor do festival, Leandro Knopfholz. Estarão representados 19 Estados e o Distrito Federal. Do exterior, virá o diretor argentino Cláudio Tolcachir, com Tercer Cuerpo.

Segundo Knopfholz, o festival cresceu mais do que os criadores imaginaram em 1992. Desde então foram 2,8 mil espetáculos, com cerca de 1,6 milhão de espectadores.

"Há uma renovação da linguagem cênica", explica a curadora Lúcia Camargo. Nesta edição, quatro linhas foram privilegiadas na escolha dos textos: movimento forte de teatro de grupo, influência de textos nacionais, onda de musicais e confusão de gêneros. Assim, foram selecionadas 11 companhias na mostra principal. Entre elas, grupos de destaque como o Galpão, que aventura-se em uma montagem de Tio Vânia, a Armazém Cia. de Teatro, que apresenta Antes da Coisa Toda Começar, e a Sutil Companhia que promete mostrar seu novo espetáculo, Trilhas Sonoras de Amores Perdidos.

A abertura ficará a cargo do grupo de Natal (RN) Clowns de Shakespeare. Dirigidos por Gabriel Villela, eles trazem Sua Incelença, Ricardo III, uma das estreias nacionais dessa edição. As apresentações serão nas ruas. Segundo Villela, o grupo tem tradição de cantoria e de trânsito pelo Nordeste. "Fomos a uma região do sertão, Acari, para prospectar a identidade cultural do homem e do sertão", disse. A peça reúne cantoria de funerais nordestinos com rock and roll e cantigas de roda. "É um espetáculo que só faz sentido na rua", acentuou o diretor.

O teatro continua sendo o grande chamariz para o festival realizado na capital paranaense, inicialmente intitulado Festival de Teatro de Curitiba, mas hoje ampliado com dança, circo, stand up, música, cinema e gastronomia, além de inovações tecnológicas. "O público está mais participante, exigente e questionador", ressaltou Knopfholz. "As peças passaram a usar cada vez mais recursos tecnológicos. Acompanhar o avanço dos encenadores tem sido um grande desafio técnico do festival."

Fonte: AE

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