Fundador do WikiLeaks diz que EUA estão tentando processá-lo

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, 39, que irritou Wadshington ao trazer à luz documentos diplomáticos, disse em entrevista a uma televisão pública sueca neste domingo que estava ante um processo perpetrado pelos Estados Unidos, e que estava desapontado com os abusos da justiça na Suécia.

As declarações foram gravadas antes de ele ser preso, mas exibidas apenas neste domingo no país.

Assange está detido sob custódia no Reino Unido após um processo de suposto abuso sexual de duas mulheres na Suécia. Ele nega acusações.

"Vim da Suécia como um editor refugiado envolvido com uma extraordinária guerra de publicação com o Pentágono, onde pessoas foram detidas, e há uma tentativa de me processar por espionagem", declarou Assange em entrevista para um documentário veiculado hoje.

"Estou infeliz e desapontado com o quanto a justiça sueca tem sido abusada", declarou ele.

Assange foi preso em 14 de dezembro. Seu advogado disse que ele vai reivindicar uma extradição para a Suécia.

O indiciamento de Assange é iminente, segundo seus próprios advogados, que também não comentaram por quais crimes ele ocorreria.

O Departamento de Justiça dos EUA está procurando as acusações criminais, que incluem violações à Lei de Espionagem de 1917 --aplicável ao caso do WikiLeaks porque envolve o vazamento de muitos documentos diplomáticos confidenciais ou secretos.