quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A DERROTA DOS CRIMINOSOS INSTITUTOS DE PESQUISAS

Gustavo Fruet - Para Gustavo, o momento é de serenidade, mas deve servir também para reabrir a discussão sobre as pesquisas eleitorais no Brasil. O resultado da eleição para o Senado no Paraná contrariou frontalmente a pesquisa divulgada pelo Ibope na véspera da eleição, que apontava uma vantagem de 24 pontos da primeira colocada e de 20 do segundo colocado sobre Gustavo Fruet. Abertas as urnas, a diferença de Gustavo para o segundo colocado não chegou a dois pontos e para a primeira colocada, ficou em seis pontos.

A vitória de Beto Richa também não foi prevista pelo Ibope, responsável pela última pesquisa divulgada antes da eleição. “Isto é muito sério e já vinha ocorrendo em eleições anteriores. Espero que as pesquisas sejam objeto de análise pela Justiça Eleitoral”, defendeu Gustavo. Como deputado federal, ele é autor de um projeto que torna obrigatória a realização de auditorias em pesquisas eleitorais.


Correio do Povo de Alagoas - O resultado da votação para governador de Alagoas contrariou os institutos de pesquisa e apontou para o cenário aparentemente menos provável. A definição das urnas foi de encontro a todos os levantamentos, que em nenhum caso apontou um segundo turno entre Teotonio Vilela Filho (PSDB) e Ronaldo Lessa (PDT). Todas as pesquisas previam um segundo turno com a participação do senador Fernando Collor de Mello (PTB), que acabou ficando fora da disputa. Com 99,8% dos votos apurados, Teotonio já confirmou a primeira colocação com mais de 534 mil votos, ou 39,5% dos válidos. Ronaldo Lessa (PDT) garantiu a segunda vaga com mais de 393 mil votos – 29,1% do total válido. Fernando Collor apareceu com 388 mil votos - 28,8% do total válido.


PPS - O PPS vai pedir na próxima semana uma ampla investigação na Câmara dos Deputados sobre a relação entre os institutos de pesquisa e os candidatos. A proposta partiu do deputado federal eleito Rubens Bueno (PPS-PR), que considera "criminosos" os erros que vem sendo cometidos nos últimos pleitos.

Segundo ele, os últimos levantamentos demonstram grandes distorções, que induzem os eleitores e influenciam diretamente nos resultados das eleições. Ele cita como exemplo a diferença de votos entre os candidatos ao Senado no Paraná – Gustavo Fruet (PSDB) e Roberto Requião (PMDB). No Ibope da véspera das eleições, Fruet aparecia com 27% das intenções de voto e Requião com 47%. O resultado foi bem diferente: Requião teve 24,8% dos votos e Fruet 23,1%.

Outro erro grotesco apontado por Rubens diz respeito a eleição para o Senado em São Paulo. Um dia antes da eleição, o Ibope apontava empate entre Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PCdoB ), ambos com 27% dos votos válidos. Aloisyo Nunes Ferreira (PSDB) aparecia em terceiro lugar com apenas 19% dos votos válidos. Nas urnas, o tucano foi eleito em primeiro lugar com 11.189.168 votos (30,42%) e Marta teve 8.314.027 votos (22,61%). Netinho, dado como eleito pelo Ibope, ficou de fora com 7.773.327 votos (21,14%).


Valmor Stédile/Blog JA - Não acho que o Ibope confirmou as tendências – de queda do tucano e crescimento de Osmar Dias – porque a disputa para a sucessão estadual vinha polarizada desde o início. O que se confirmou, na verdade, é quanto estava (e continua) correta aquela advertência de Leonel Brizola: os institutos de pesquisas passam agosto e setembro faturando enquanto tentam conduzir o eleitorado como se fosse uma boiada, aí chegam nas vésperas ajustando os ponteiros para deixá-los condizentes ou mais próximos da verdade eleitoral que será revelada nas urnas. Até este “empate nos 45″ cheirou à manobra, essa gente é mesmo capaz de tudo (até de fraude) pelo poder. Como disse Shimon Peres, amigo de Brizola, “pesquisas são como perfumes, boas para cheirar e perigosas de engolir”.


Eduardo Schneider/HoraHnews - Os institutos de pesquisa deram vexame de Norte a Sul do Brasil. Registraram erros clamorosos e saíram desmoralizados desta eleição. Até o último dia institutos importantes como o Ibope asseguravam uma possível vitória de Dilma no primeiro turno. O Datafolha, que ensaiou assinalar a queda da petista e o segundo turno, fez uma suspeita correção de rota apontando uma inexistente recuperação da petista e sua provável vitória no primeiro turno. Nem se fale no Vox Populi, cujo presidente, Marcos Coimbra virou uma espécie de histérica passionária petista e passou a escrever artigos inflamados proclamando a inevitável vitória da companheira Dilma, com a mesma fé equivocada com que o velho Marx preconizava a inevitabilidade do socialismo. O Vox soterrou o que restava de sua credibilidade em cova rasa antevendo uma vitória da petista no primeiro turno com uma margem doze pontos sobre a soma dos adversários...


Saul Bogoni/Diário do Noroeste - OS INSTITUTOS DE PESQUISAS vão ter que rebolar para convencer o eleitorado de que seus dados eram corretos e refletiam as informações que os pesquisados realmente ofereciam. Isto porque erraram no Paraná, tanto a governador do Estado como a presidente da República. Dilma tinha larga vantagem no Paraná e a Marina estava lá embaixo, mas o resultado mostrou uma grande diferença. As pesquisas davam Dilma como eleita no 1º turno, mas isto não aconteceu.


Carlos Chagas/Tribuna da Imprensa - Desmoralização, mesmo, aconteceu com os institutos de pesquisa. Erraram no atacado e no varejo. Ate na boca de urna concluíram pela vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno. Ignoraram a potencialidade de Marina Silva. E surripiaram centenas de milhares de votos de José Serra. No plano estadual, jogaram todas as fichas na vitória de Agnelo Queirós no primeiro turno, em Brasília, apostaram na eleição apoteótica de Geraldo Alckmin, em São Paulo, e de Marconi Perilo, em Goiás, bem como na passagem de Fernando Collor para o segundo turno, nas Alagoas...

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