sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Qual é o futuro para estes jovens?


25 mil jovens correm risco de morte pelo uso de crack entre 600 mil que fazem uso freqüente da droga

Agência Brasil

BRASÍLIA - O crack, droga formada pela mistura de bicarbonato de sódio e cocaína, ameaça à vida de 25 mil jovens brasileiros. A estimativa é do Ministério da Saúde e, segundo o coordenador de Saúde Mental, Álcool e Drogas do ministério, Pedro Delgado, a dependência coloca esses jovens no nível de marginalidade extrema. Ele falou sobre o problema no Seminário Internacional de Políticas sobre Drogas, na Câmara Federal.

Delgado disse ainda que faltam estudos de âmbito nacional sobre o tema, mas os dados do ministério mostram que existem padrões diferentes de uso das drogas, inclusive do crack. “Existem duas populações de consumidores de crack no Brasil. Uma que estimamos em 25 mil jovens que estejam em vulnerabilidade máxima e corram risco de vida e outra, em situação menos grave, com 600 mil pessoas que fazem uso freqüente da droga”.



Desemprego e baixos salários levam juventude para as drogas

Adolescentes são os que mais procuram ajuda para fugir do crack e das drogas, segundo levantamento do Ministério Público.

Existem causas para isso......

Nas regiões metropolitanas brasileiras, segundo IPEA, temos aproximadamente 25% dos jovens pobres desempregados. Curitiba não é diferente. Ao mesmo tempo temos aproximadamente 320 mil estudantes universitários no Paraná, nas universidades públicas e privadas, enquanto os postos de trabalho de nível superior no setor produtivo são de aproximadamente 340 mil postos.E estão ocupados.
Ou seja, a perspectiva da juventude pobre das periferias e da universitária são muito ruins. Não é por acaso o aumento da droga entre os jovens, fruto do mal estar, por falta de perspectiva. E como o mercado de trabalho gera 80% dos empregos que pagam no máximo 2 salários mínimos, dá para entender o porquê da procura pelas drogas para uso próprio ou para venda como forma de sobrevivência.



Jovens ricos têm problemas com drogas e pobres são maioria em prisões, diz pesquisa

da Folha Online

Uma pesquisa divulgada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) revelou que jovens brasileiros de elite têm problemas relacionados ao consumo de drogas e acidentes de trânsito fatais enquanto jovens pobres são maioria no sistema carcerário.

De acordo com a pesquisa, os consumidores de maconha, lança-perfume e cocaína são, em sua maioria, homens jovens brancos de classe A que ocupam papéis de filhos em suas casas e que freqüentam universidades ou o ensino médio. Eles gastam, em média, R$ 45,77 por mês com drogas. O grupo representa 0,06% da população brasileira.

Entre os consumidores declarados de drogas entrevistados pela FGV, 35% têm cheque especial e 44% têm cartões de crédito.

No quadro da elite econômica, as exceções são as de que os consumidores declarados de drogas têm contras atrasadas e uma grande percepção de violência perto de suas casas --64% deles consideram viver em vizinhanças violentas.

Perfil carcerário

Os pesquisadores da FGV concluíram ainda que, entre a população carcerária brasileira, a maioria é formada por homens solteiros, jovens, negros ou pardos e com baixa escolaridade.

Dos presidiários, 96,61% são homens, 79,10% são solteiros, 51,96% têm de 20 a 29 anos e 46,93% são negros e pardos. Entre eles, 12,23% são analfabetos, 77,44% não completaram o ensino fundamental e 46,55% têm educação intermediária.

Um fato destacado pela pesquisa é o de que, proporcionalmente, a população carcerária tem muito mais adeptos a crenças não-católicas ou não-evangélicas e muito mais pessoas que dizem não ter religião que a sociedade em geral.

Entre os presidiários, 19,47% são adeptos de crenças alternativas e 16,21% dizem não ter religião enquanto na sociedade os percentuais são de 2,99% e 6,75%, respectivamente.

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