sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Álcool sobe 16% em um mês em Curitiba


Média apurada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) era de R$ 1,26 por litro, 21 centavos abaixo do valor atual.

O preço do álcool subiu 16% em um mês nos postos de Curitiba. Ontem, a cotação média do combustível era de R$ 1,47 por litro, segundo levantamento informal feito pela Gazeta do Povo com 30 estabelecimentos de 24 bairros da cidade. Há cerca de 30 dias, a média apurada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) era de R$ 1,26 por litro, 21 centavos abaixo do valor atual. No mesmo intervalo, o litro da gasolina subiu 5%, passando de R$ 2,34 para R$ 2,45.

O preço mínimo do álcool nos 30 postos consultados ontem foi de R$ 1,37 por litro e o máximo, de R$ 1,60 – uma variação de 17%. No caso da gasolina, a diferença foi de apenas 6%, com mínimo de R$ 2,36 e máximo de R$ 2,50 por litro.

Como o etanol teve reajuste mais forte, sua vantagem econômica sobre a gasolina diminuiu. Mas o derivado da cana ainda é a melhor opção para quem tem carro bicombustível. Há um mês, seu preço equivalia a 54% do custo da gasolina; ontem, essa relação era de 60%, em média. Estima-se que, para a maioria dos carros, a gasolina fica mais vantajosa quando esse índice passa de 70% – o que não ocorre desde o início de março em Curitiba.

De acordo com o Sindi­combustíveis, representante dos postos, o aumento na bomba é consequência dos reajustes promovidos pelas usinas de álcool. Desde 11 de junho, quando o preço na indústria atingiu o menor nível do ano, o etanol anidro (misturado à gasolina) e o hidratado (usado nos carros flex) ficaram quase 20% mais caros, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). Especialistas atribuem essa alta aos bons preços do açúcar – que “rouba” espaço do álcool em algumas usinas – e às chuvas em regiões produtoras, que dificultam a colheita e reduzem a produtividade da cana.

“Há um mês as distribuidoras chegaram a vender álcool por R$ 1,09 o litro. Hoje pagamos 30 centavos a mais”, diz Roberto Fregonese, presidente do Sindicombustíveis. Ainda assim, ele avalia ser “mínimo” o risco de disparada dos preços pelos próximos três meses. “Estamos em plena safra, que vai durar pelo menos mais 90 dias. O que preocupa é a entressafra, lá pelo começo de novembro. Se não houver estoque regulador bastante acentuado, possivelmente veremos uma repetição do que ocorreu no fim de 2009, com o álcool beirando os R$ 2 por litro”, avalia.

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