quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O presidente da ACP, Edson Ramon, achou a proposta de Gleisi(PT) “meio confusa”

ACP: Gleisi(PT) quer taxação de renda e patrimônio

JORNAL DO ESTADO

No segundo debate da série com os candidatos paranaenses ao Senado Federal promovido pelo Conselho Político da Associação Comercial do Paraná, a candidata do PT, Gleisi Hoffmann, destacou na noite da última segunda-feira, os avanços da vida econômica e política nacional, e a necessidade das reformas política, tributária e previdenciária. As três constam, além de uma série de reivindicações pontuais, de um documento entregue à candidata pelo coordenador do Conselho Político, Marco Antônio Peixoto.
Sobre a reforma tributária, Gleisi afirmou que há uma carga excessiva de impostos sobre o consumo, a produção e o trabalho. “Temos de focar impostos sobre renda e patrimônio. Não me parece que precisamos só da redução de impostos, mas precisamos ter braços do estado para políticas públicas”.

Gleisi deixou claro que apóia as reformas, mas reconheceu que o assunto é delicado. “É muito difícil pedir para o Congresso eleito pelas regras atuais que vote pela mudança. Mas temos que nos empenhar por uma Constituinte Exclusiva para as duas reformas”, afirmou a candidata, que é a favor do voto distrital misto, do financiamento público de campanha e do fim da reeleição.

Para ela, a reforma tributária é outro assunto que exigirá muito empenho e articulação do Congresso, pois envolve disputa entre os estados. “Temos que discutir a substituição de vários impostos. Isso vai exigir grande responsabilidade”, completou.

Gleisi também destacou avanços da política econômica do Governo Lula, dizendo que o Brasil conquistou a estabilidade macroeconômica. Ela ressaltou que, por meio dos programas de inclusão social, o presidente deu capacidade de consumo a uma grande massa. “Por isso, não quebramos na crise internacional. Precisamos obter ainda mais avanços nessa área”, frisou.

O presidente da ACP, Edson Ramon, achou a proposta de Gleisi “meio confusa. Ela deveria conter uma explicação de qual a lógica do tributo. Precisamos é de desoneração e não de onerar ainda mais a sociedade”. Ramon comentou que “o governo taxar patrimônio pelo simples fato de uma pessoa possuí-lo é a pior coisa que pode existir, o chamado tiro no pé da população. O patrimônio não gera renda. Se uma pessoa tem uma casa, sem renda, ela perderá esta casa ao longo dos anos pagando tributos”. Segundo Ramon, o governo deveria diminuir drasticamente os gastos públicos e não criar novos impostos para substituir eventualmente os que queira reduzir.

Os candidatos ao Senado, Gustavo Fruet (PSDB) e Ricardo Barros (DEM), ainda não confirmaram agenda para debates na ACP. Rubens Hering (PV) conversará com os empresários no dia 30 de setembro.

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