terça-feira, 21 de agosto de 2012

Pizzolato é ligado a CUT e ao PT do Paraná



Henrique Pizzolato, o ex-diretor do Banco do Brasil que, segundo Joaquim Barbosa cometeu peculato durante o mensalão, é paranaense e chegou a disputar eleições estaduais por aqui.
Militante petista de longa data, Pizzolato foi candidato a vice-prefeito de Toledo, no Oeste do estado. Sindicalista, presidiu a Central Única dos Trabalhadores (CUT) no estado.
Em 1990, foi candidato ao governo do estado pela coligação PT-PSB, contra Roberto Requião, José Richa e José Carlos Martinez. Teve 192 mil votos (4,4% do total).
Em 1994, foi candidato a vice-governador pelo PT na chapa encabeçada por Jorge Samek, atual diretor-geral do lado brasileiro de Itaipu. (Caixa Zero)


Barbosa condena Pizzolato por peculato, corrupção e lavagem



Barbosa apontou que Pizzolato executou o crime de peculato (apropriação e desvio recursos que tem posse em razão do cargo que ocupa) no repasse de verbas do fundo Visanet à DNA propaganda, agência de Marcos Valério e seus sócios. Segundo o ministro, o ex-diretor foi o responsável pelo repasse irregular de R$ 73 milhões à empresa de Valério, entre os anos de 2003 e 2004.
Para o relator, o dinheiro do fundo era público, já que pertencia ao Banco do Brasil, e Pizzolato assinou as notas técnicas para a liberação das verbas, sem passar pelos órgãos de controle da instituição financeira. Barbosa ressaltou que o fundo não tinha contrato com a DNA e que não executou os trabalhos. "Ele agiu com dolo de beneficiar a agência de Valério, que não havia prestado qualquer serviço em prol dos cartões de bandeira Visa", destacou o relator.
Pizzolato, segundo o ministro, recebeu R$326 mil de Valério, Paz e Hollerbach como contraprestação pelos benefícios ilicitamente proporcionados, no exercício de sua função, ao grupo empresarial de Marcos Valério, configurando a corrupção passiva e ativa. O ministro apontou que uma transferência de R$ 35 milhões na conta da DNA foi comandada por Pizzolato e isso teria ocorrido depois de ter recebido vantagem indevida.
Para caracterizar a responsabilidade individual dos sócios de Valério, o ministro citou empréstimos das empresas, quando uma tomava empréstimo usando garantias das outras. "Valério e seus sócios pagaram a Pizzolato a quantia de R$ 326 mil em espécie apenas cinco dias antes de o acusado determinar o repasse de R$ 35 milhões".
Segundo Barbosa, Pizzolato permitiu que agência de publicidade de Marcos Valério, a DNA Propaganda, desviasse R$ 2,9 milhões ao longo de dois anos a título de bônus de volume. "Ele omitiu-se dolosamente ao não cumprir sua função de fiscalizar o contrato de publicidade", destacou o relator. Para o relator da ação, a apropriação de recursos pela DNA configurou o crime de peculato, que teria sido praticado pelos sócios Valério, Paz e Hollerbach.
Segundo o detalhamento do ministro, os recursos repassados às empresas de Marcos Valério e seus sócios foram transferidas para fundos bancários. Logo após, eram feitos financiamentos bancários que beneficiavam o PT, dinheiro que era repassado a outros partidos, o fluxo que ficou conhecido como valerioduto. (Terra)

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