terça-feira, 21 de agosto de 2012

Brasil é o quarto país mais desigual da América Latina, diz ONU


Apesar do crescimento econômico mais acelerado e da redução da pobreza nos últimos anos, o Brasil ainda é um dos países mais desiguais da América Latina --situando-se em quarto lugar, atrás apenas de Guatemala, Honduras e Colômbia--, de acordo com relatório do ONU-Habitat divulgado nesta terça-feira.

Veja o relatório completo no site da ONU

Todos esses países possuíam, segundo dados de 2009, um índice de Gini de distribuição de sua renda per capita acima de 0,56 --junto com República Dominicana e Bolívia, nações que completavam o grupo das seis mais desiguais do subcontinente. Tal índice revela uma elevada concentração da renda.
Já a lista dos países como menor grau de desigualdade era composta por Costa Rica, Equador, El Salvador, Peru, Uruguai e Venezuela --este último com a melhor marca, registrando um índice de Gini de 0,41. O indicador, porém, supera o dos EUA e de Portugal (nação mais desigual da União Europeia), ambos com índice de 0,38.
O Brasil avançou, porém, se comparado a 1990, quando detinha o título de país com maior nível de iniquidade da América Latina.
Segundo o relatório, a região é mais desigual do mundo, embora tenham ocorrido melhoras nos últimos anos na distribuição da riqueza na maior parte dos países.
Entre os motivos, diz, estão o crescimento do rendimento do trabalho, a queda das diferenças salariais entre diferentes categorias de trabalhadores e a expansão de programas de transferência de renda em vários países.

POPULAÇÃO E MORADIA

O estudo aponta ainda que a América Latina vive profundas mudanças, como a redução do crescimento demográfico e praticamente o fim da migração campo-cidade --responsável pelo "boom" da urbanização ocorrido até os anos 90.
O grupo de cidades com menos de 500 mil habitantes concentra a metade da população (222 milhões de pessoas) do subcontinente, enquanto as megacidades (mais de 5 milhões) fica com 14% (65 milhões de pessoas).
Ainda de acordo com o relatório, apesar dos avanços dos serviços públicos, o problema da moradia persiste na América Latina, segundo dados da ONU. O deficit habitacional na região subiu de 38 milhões de residências em 1990 para para uma cifra entre 42 milhões e 51 milhões em 2011.


Maior economia, Brasil tem apenas 13º PIB per capita da AL

Maior economia da América Latina, o Brasil possuía apenas o 13º PIB per capita da região, muito sob influência do fato de também possuir o maior número de habitantes do subcontinente.

Os dois maiores PIBs per capitas da região são de nações caribenhas: Antígua e Barbuda e Trinidad e Tobago, arquipélagos com pequena população e economia dinâmica graças ao turismo e serviços, no primeiro caso, e à indústria do petróleo, no segundo.
Ambos tinham, em 2009, renda per capita superior a US$ 10.000, segundo dados de 2009 já divulgados e compilados pelo relatório "O Estado das Cidades da América Latina e Caribe", divulgado nesta terça-feira pelo ONU-Habitat.
Em 2009, a renda per capita média da região era de US$ 4.823, abaixo da média mundial (US$ 5.868). Dentre os país com população relevante e economias mais complexas, o Brasil tinha um PIB per capita inferior ao Argentina (3º maior da região), Uruguai (4º), México (6º) e Chile (7º) --todos com renda per capita entre US$ 6 mil e quase US$ 10 mil. No caso do Brasil, o nível pouco supera os US$ 4 mil.
Na outra ponta, as menores marcas foram registradas por Haiti, Nicarágua, Guiana e Honduras --todos com renda per capital inferior a US$ 2.000, faixa que inclui ainda Paraguai, Equador e Guatemala.
O relatório pondera que o PIB per capita da região praticamente triplicou de 1970 a 2009, apesar de se manter abaixo da média mundial.

DESIGUALDADE
O estudo também aponta que, apesar do crescimento econômico mais acelerado e da redução da pobreza nos últimos anos, o Brasil ainda é um dos países mais desiguais da América Latina --situando-se em quarto lugar, atrás apenas de Guatemala, Honduras e Colômbia--, de acordo com relatório do ONU-Habitat divulgado nesta terça-feira.
Ainda segundo o relatório, a América Latina vive profundas mudanças, como a redução do crescimento demográfico e praticamente o fim da migração campo-cidade --responsável pelo "boom" da urbanização ocorrido até os anos 90.
O grupo de cidades com menos de 500 mil habitantes concentra a metade da população (222 milhões de pessoas) do subcontinente, enquanto as megacidades (mais de 5 milhões) fica com 14% (65 milhões de pessoas).
Ainda de acordo com o relatório, apesar dos avanços dos serviços públicos, o problema da moradia persiste na América Latina, segundo dados da ONU. O deficit habitacional na região subiu de 38 milhões de residências em 1990 para para uma cifra entre 42 milhões e 51 milhões em 2011. (Uol)


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