terça-feira, 7 de agosto de 2012

Paraná: Índios de 10 aldeias fecham a Ponte Ayrton Senna em Guaíra

Os índios de Guaíra e Terra Roxa ocuparam  fecharam hoje às 8 horas, a Ponte Ayrton Senna, que liga por Guaíra o Paraná ao Mato Grosso.

Segundo disse o cacique Marciliano Lopes Cardoso, da aldeia guarani Tekohá Araguaju, de Terra Roxa, a manifestação foi pacífica e teve o objetivo de chamar a atenção das autoridades para reivindicações das dez aldeias indígenas existentes na região.


O cacique contou que há anos os 163 índios que vivem naquelas aldeias estão aguardando que os governos federal estadual cumpram as promessas de regularizar as áreas e  de construirem equipamentos sociais ( escola, posto de saúde, casas,  etc. para atender ao povo daquelas comunidades de Terra roxa e Guaíra.

O assessor especial de Assuntos Fundiários do Paraná, Hamilton Serighelli, vem acompanhando a manifestação dos indígenas e afirma que nos últimos dois dias vem mantendo um diálogo com as lideranças.

Segundo Hamilton o governo do Estado tem vontade política para agir, mas a situação é delicada, porque em Guaira e Terra Roxa não existem áreas demarcadas. Como todas as áreas envolvem litigios fica muito dificil os governos municipal, estadu

al e federal investirem em infra estrutura, a não ser que tenham o amparo de uma ordem judicial. As lideranças indigenas querem demarcar as áreas, mas  muitas destas estão em áreas urbanas. Assim construir escolas, moradias, instalar luz e água só podem ser feito com ordem judicial. 

Na conversa do assessor especial de Assuntos Fundiários do Paraná, ontem com a juíza , ela se manifestou contrária aos orgãos públicos colocarem a infraestrutura definitiva em áreas ocupadas ainda não demarcadas. Quem tem o poder de demarcar estas áreas é o governo federal, a FUNAI.

Ontem o Hamilton oficializou o compromisso por parte do governo estadual, que antes era verbal, de construir escolas em Terra Roxa, Guaíra e Santa Helena.

Segundo Hamilton até agora, embora o Estado tenha a vontade política, não foi ainda possível implantar as escolas e outras benfeitorias porque as terras onde estão instaladas as aldeias são áreas em disputa judicial, e que por isso precisam de autorização judicial para que se construa nelas, ou que as mesmas sejam demarcadas.

Conforme disse o Serighelli, nas áreas legalmente demarcadas o governo estadual tem feito o que foi prometido, mas nas áreas litigiosas tem que aguardar decisão judicial ou a demarcação.


O assessor especial de assuntos fundiários do Paraná, comenta que muitas reivindicações dependem anteriormente e exclusivamente do governo federal, no caso a demarcação do que é legalmente possível.





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