quinta-feira, 21 de junho de 2012

Lugo sob ameaça de golpe no Paraguai


Sob pretexto de que o presidente Fernando Lugo teria sido negligente na resolução de conflitos agrários, Câmara paraguaia, dominada pelos partidos de direita, abriu processo de impeachment nesta quinta (21). Não é a primeira vez que setores dos grandes proprietários de terra aliados ao empresariado tentam interromper a vida democrática do país vizinho.

A Câmara paraguaia, dominado pelos partidos de direita, abriu processo de impeachment nesta quinta-feira (21) contra o presidente Fernando Lugo. Senado agora também discutirá a medida. Trata-se de um eufemismo para golpe de Estado, segundo analistas consultados por Carta Maior.

Não é a primeira vez que setores dos grandes proprietários de terra aliados de setores empresariais tentam interromper a vida democrática do país vizinho. À diferença de outras situações ao longo do século XX é que a ação atual recobre-se de uma fachada legal.

O pretexto é que Lugo teria sido negligente na resolução de conflitos agrários, como o ocorrido há uma semana em Curuguaty, próximo a fronteira com o Brasil. Na ocasião morreram nove camponses e seis policiais.

Por “negligência” entenda-se as tentativas do mandatário de resolver os problemas com negociação e não através de violência pura que caracteriza historicamente a resolução de conflitos sociais no país.
Os presidentes da Unasul, reunidos no Rio de Janeiro, colocam-se frontalmente contra o golpe. A situação em Assunção é de calma aparente. Manifestações populares de apoio começam a acontecer na capital. Em pronunciamento feito nesta manhã e transmitido pela tevê paraguaia, Lugo descartou a possibilidade de renúncia. 

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