sexta-feira, 13 de abril de 2012

Jovens renomeiam ponte: de Costa e Silva para Honestino Guimarães

Jovens organizados no Levante Popular da Juventude do Distrito Federal rebatizaram a ponte ditador Costa e Silva, no Lago Sul, em Brasília, para ponte “Honestino Guimarães”. A ação faz parte dos protestos contra os crimes da ditadura iniciados em 31 de março.

“Não vamos permitir que as feridas da ditadura sigam abertas. Somos contra a tortura. Por isso vamos às ruas, sensibilizar a juventude e toda a sociedade, para que o nosso direito à memória e à verdade sejam garantidos”, diz o Levante em nota.

O movimento também espalhou faixas e cartazes nos principais pontos da cidade em protesto contra os crimes da Ditadura – na Rodoviária do Plano Piloto, ponto de maior movimentação, e em viadutos espalhados nas entradas de Brasília. As faixas e cartazes estampam a frase: “Tortura é Crime. Não a Anistia”.

Em 10 de outubro de 1973, agentes do Centro de Informação da Marinha prendiam o estudante Honestino Guimarães no Rio de Janeiro, acusado de “promover e orientar a ação subversiva”. Depois desta data, pouco se sabe sobre o que aconteceu com o estudante da Universidade de Brasília que, em 1994, foi dado como morto. Honestino Guimarães é símbolo da luta estudantil, da luta pela liberdade e contra a ditadura militar instalada no Brasil.

Costa e Silva foi o segundo ditador do regime militar instaurado pelo golpe militar de 1964. Seu governo iniciou a fase mais dura e brutal do regime ditatorial militar, à qual o general Emílio Garrastazu Médici, seu sucessor, deu continuidade. Sob o governo Costa e Silva foi promulgado o AI-5, que lhe deu poderes para fechar o Congresso Nacional, caçar políticos e institucionalizar a repressão e a tortura. (LPJ)

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