sexta-feira, 9 de março de 2012

PMDB e PT cada vez mais distantes no Paraná

Aliados durante os oito anos do governo Requião, PMDB e PT estão cada vez mais distantes no Paraná. E tendem a se afastar ainda mais a partir das eleições municipais deste ano. A começar por Curitiba, onde uma ala peemedebista trabalha nos bastidores para aproximar o partido da candidatura à reeleição do prefeito Luciano Ducci (PSB) já de olho na sucessão estadual em 2014. A intenção do grupo é não só emplacar a vaga de vice de Ducci na eleição deste ano, como também a indicação de candidato a vice na chapa de reeleição do governador Beto Richa (PSDB) daqui a dois anos.

Oficialmente, o PMDB curitibano, presidido pelo senador Roberto Requião, lançou a pré-candidatura do ex-deputado estadual Rafael Greca à prefeitura da Capital. Na Assembleia Legislativa, porém, a bancada peemedebista, maior da Casa com 13 deputados, aderiu em massa à base do governador Beto Richa, principal “padrinho” da candidatura de Ducci.

O tucano trabalha para atrair os peemedebistas para o palanque do sucessor e aliado também pensando em seu próprio projeto de reeleição em 2014. Com isso, espera isolar o PT que tem como nome natural para a disputa pelo governo a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

O próprio Requião, segundo parlamentares do PMDB, teria interesse nessa aproximação, apesar de publicamente não admiti-la. De acordo com essa versão, o lançamento da pré-candidatura de Greca seria apenas uma “cortina de fumaça” para valorizar o partido em uma futura negociação para apoiar o atual prefeito. Em troca, o senador seria depois compensado com a nomeação de seu irmão, Maurício Requião, para conselheiro do Tribunal de Contas. Maurício chegou a ser indicado em 2008 para o cargo, mas foi afastado do posto por conta de uma ação judicial.

Não por acaso, Requião tem sido o maior crítico da aproximação entre do PT com a candidatura do ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT) à prefeitura da Capital. Depois de barrar o retorno de Fruet ao PMDB, o senador passou a acusar os petistas de se aliarem a um antigo adversário do governo Lula. No início da semana, o diretório municipal do PMDB, presidido por Requião, divulgou um manifesto criticando os petistas por cogitarem abrir mão de um candidato próprio para apoiar o pedetista.

Pacote — Enquanto ataca os antigos aliados, Requião faz “vista grossa” as articulações dos deputados do PMDB em favor da aproximação da aproximação do partido com a candidatura de Ducci. Entre os líderes dessa articulação estão parlamentares próximos ao senador, como o ex-líder do governo na Assembleia e atual secretário do Trabalho do governo Richa, Luiz Cláudio Romanelli, e o deputado Alexandre Curi.
No “pacote”, além da indicação do vice de Ducci para este ano e de Richa para 2014, os peemedebistas sonham ainda em conquistar a presidência da Assembleia Legislativa. Para isso, os parlamentares querem que o governador não interfira na sucessão do atual presidente, deputado Valdir Rossoni (PSDB), marcada para o final do ano.

Entre os petistas, a movimentação de bastidores de Requião e seu grupo não passou despercebida. Ex-presidente do partido no Estado, o deputado federal André Vargas afirmou, no início da semana, que o senador seria “Ducci desde criancinha”, ao comentar o manifesto peemedebista que criticou a articulação do PT para apoiar Fruet. (Bem Paraná)


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