quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Produção e exportação brasileira de celulose desacelera em setembro

A produção e exportação de celulose no Brasil em setembro mostraram crescimento em relação ao mesmo mês de 2010, mas caíram em comparação a agosto, mostrando desaceleração em um setor dependente de exportações e, consequentemente, diretamente afetado pela crise econômica externa.

Dados divulgados nesta quinta-feira pela Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), mostram que no mês passado a produção totalizou 1,18 milhão de toneladas, crescimento de 3,1 por cento em relação a setembro do ano anterior e recuo de 4,8 por cento em relação a agosto.

No acumulado do ano, a produção cresce 0,6 por cento, para 10,554 milhões de toneladas.

As vendas externas do insumo cresceram 2,9 por cento na comparação anual, mas caíram 13,2 por cento na comparação mensal, totalizando 681 mil toneladas em setembro deste ano.

Entre janeiro e setembro, as exportações chegam a 6,258 milhões de toneladas, alta de 1,2 por cento.

A Europa, centro da atual crise financeira, continua sendo o principal destino das exportações brasileiras: no acumulado de 2011 foram exportados 1,761 bilhão de dólares, crescimento de 12 por cento ante os mesmos meses de 2010.

A China, segundo mercado da celulose brasileira, mostrou avanço de 5,1 por cento, totalizando 901 milhões de dólares.

PRODUÇÃO DE PAPEL ESTÁVEL NO ANO

De acordo com a Bracelpa, a produção de papel foi de 822 mil toneladas em setembro, alta de 2,9 por cento em relação a setembro de 2010 e queda de 0,6 por cento ante agosto.

No ano, a produção está estável frente aos nove primeiros meses de 2010, chegando a 7,361 milhões de toneladas.

As embalagens responderam por 402 mil toneladas do total produzido no mês passado, alta de 3,6 por cento em relação a setembro de 2010 e queda de 4,3 por cento ante agosto.

Os papéis de imprimir e escrever mostraram estabilidade ante o nono mês de 2010 e alta de 3,2 por cento ante agosto.

Ainda de acordo com a Bracelpa, as vendas domésticas de papel subiram 0,6 por cento na comparação anual e 3,1 por cento na comparação mensal, para 468 mil de toneladas.

No acumulado do ano, é registrado recuo de 1,5 por cento nas vendas domésticas de papel, para 3,899 milhões de toneladas.

"Esse resultado tem sido causado, nos últimos meses, pelo aumento das importações desses produtos, nos quais incide a imunidade de impostos quando são destinados à produção de livros, jornais e revistas", afirmou a associação. (Reuters)

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