terça-feira, 15 de novembro de 2011

Mostrando o viés conservador da sua gestão Aldo Rebelo nomeou três novos secretários para o Ministério do Esporte

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, nomeou nesta segunda-feira três novos secretários para compor a equipe da pasta. Nas mudanças que promove, embora mais técnicas são de viés conservador, Aldo mostra que prioriza a Copa de 2014 em vez do social, já que grande parte dos investimentos neste segmento hoje estão sob questionamento jurídico por causa das fraudes ocorridas via OSCIPs e ONGs, e isto desgastou o Ministério, o que faz o atual ministro recuar em tais relações.


Ele designou para a Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social o conservador vice-almirante reformado da Marinha Afonso Barbosa, homem ligado ao Sarney. Ele já ocupou posições de destaque no governo Sarney exercendo o cargo de assessor parlamentar da Presidência da República durante a Constituinte (1986-1988) e no gabinete do Ministério da Marinha (1996-1998), e no governo petista como diretor de Política e Estratégia do Ministério da Defesa (2005). Depois de deixar a Marinha, foi assessor especial do secretário municipal de Administração do Rio de Janeiro (2009). Ocupa atualmente a diretoria da Bunge Brasil, uma das principais empresas do agronegócio, sendo está produtora de venenos e sementes transgênicas, de onde está se desligando para compor a equipe do Ministério do Esporte.


Para a secretaria-executiva, segundo cargo mais importante do ministério, Aldo nomeou a economista Paula Pini, que atualmente trabalha como coordenadora de projetos do Banco Mundial. Como o BM está investindo muito dinheiro no país como contrapartida social ao projeto da Copa ela deve estar vindo com uma espécie de interventora e elo de ligação com este organismo econômico internacional, como também com os empreiteiros, pois já ocupou posições de coordenação na Cobrape (Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos) e no CNEC (Consórcio Nacional de Engenheiros Construtores).


Para comandar a Assessoria de Relações Internacionais, o ministro indicou o diplomata Carlos Henrique Cardim, que até este ano era embaixador do Brasil na Noruega e na Islândia. Ele possui um perfil mais progressista, sendo que dentro do Itamaraty foi o principal responsável para que o historiador Moniz Bandeira pudesse acessar os documentos do CIEX (Serviço Secreto do Itamaraty), órgão repressivo ilegal e clandestino da ditadura civil e militar destinado a espionagem política, tanto aqui como no exterior. O CIEX, criado por Pio Corrêa, agente confesso da CIA infiltrado no Itamaraty, foi o precursor das Operação Condor. Ela unificou os Serviços de Espionagem e Repressão das ditaduras do Cone Sul das Américas. Como diplomata a sua função deverá estar voltada para a Copa e as Olimpíadas.

1 comentários :

Marco Lisboa disse...

Fico pensando que malabarismos os dirigentes devem fazer para provar que estas mudanças têm um conteúdo revolucionário! Cada dia que passa, o PC do B vai se tornando a cara do MR8. É só trocar o Quércia pelo Sarney. Que dureza!

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