quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O CARENTE REQUIÃO RECLAMA POR NÃO ESTAR MAIS "RECEBENDO AFAGOS" DO SENHOR GHOSN, PRESIDENTE DA RENAULT

No senado, em um discurso destemperado e cheio de contradições, o ex-governador Requião, aquele que diz em seus pronunciamentos narcisistas o "seu governo foi o melhor da galáxia", mostra a fragilidade e incoerências tanto sobre o que fez como sobre o que disse enquanto governante.

Depois de desancar o governo anterior ao seu dizendo que este tinha concedido grandes privilégios para atrair empresas multinacionais para o estado afirmou que não retirou os mesmos para não querer se desgastar. Este discurso mostra que ou ele é um oportunista acovardado que não faz o que pensa ser correto ou que concorda com as práticas do governo que o antecedeu, mas por despeito não quer assumir. O trecho do discurso proferido no senado:

“E eu mantive essa isenção para não criar uma confusão internacional. Aquela história de perseguir multinacionais, que acompanhou o meu governo inteiro, não tem nenhuma razão. Não persegui multinacionais.

Voltando aos impropérios sem nexo verborragicamente evacuados na tribuna do senado, onde toma o tempo precioso dos demais parlamentares, ele logo mais a frente em seu discurso enciumado cheio de emoções baratas diz:

“Logo, o que foi apresentado como novidade nesse encontro do senhorzinho Ghosn com o governadozinho Beto Richa foi um protocolo assinado pelo atual governador e pelo Sr. Ghosn, no dia 5 de outubro. Protocolo que não é nada mais que um acordo elaborado em meu governo.”

O Requião em vez de elogia o atual governador por este ter mantido o acordo de intenções junto a montadora, que diz ser feito de seu governo – cadê a impessoalidade no trato da coisa pública? -, ele, poço de contradições, prefere atacar com irracionais diminutivos, que se diminuem a alguém é só a ele, o Roberto Requião. Ou o acordo (protocolo), que ele diz ser seu, não é bom para o Paraná?

Tresloucado, o ex-governador não se deu por satisfeito e continuou surtando ao citar um trecho que diz ser parte do acordo de “seu” governo feito com a montadora francesa:

“Não há qualquer motivo de queixa por parte da Renault durante o período em que Requião governou o Paraná.”

É claro que a Renault não tinha nada contra as práticas de manutenção das políticas adotadas pelo governo do Paraná no governo anterior ao do Requião em relação a empresa e que foram mantidas por este, pois foram elas que fizeram a empresa se estabelecer no estado. No meio da guerra fiscal que envolve a atração de grandes empresas para o Brasil o estado que oferece as melhores condições são as que as recebem em seus territórios. A Renault aqui se estabeleceu porque as condições oferecidas a montadora foram melhores para a empresa, pois caso contrário ela teria ido para outro lugar. Quando o Requião manteve a isenção dada pelo governo anterior foi porque queria manter aqui a importante empresa, então porque ele não é honesto e assumi isto?

Quando o presidente da Renault se refere aos maltratos sofridos pela empresa aqui no estado com certeza não deve ter se referido as políticas de isenção, que embora atacada em seus discursos, foram mantidas durante todo o governo Requião, e sim a forma chula com que a empresa foi tratada nos discursos contra o “capital internacional vadio” e os dirigentes das empresas aqui estabelecidas, o que mais uma vez não passou de mera retórica sofista por parte do ex-governador, já que em seu governo a relação política econômica com as empresas não foi alterada em nada.

Egocêntrico, ele mais uma vez não se emenda e coloca a relação empresa/estado, a qual assinou embaixo, no pessoal:

” Meu Deus, até onde vão a arrogância, a prepotência e as falácias desses pretensos senhores coloniais e até onde chega a submissão de governantes que se curvam, que se submetem?”

Se a relação da empresa com o estado é tão ruim porque ele manteve as políticas de isenção oferecidas pelo governo anterior ao seu? Ou será que seu discurso mais uma vez é apenas mais um exercício de retórica?

Olhem para está pérola do sofismo maniqueísta:

O senhorzinho Ghosn, da Renault é um atrevido, mas vou requerer que ele venha à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado da República, para, não na minha ausência, mas na minha frente, explicar ao Senado que maus-tratos afinal o meu governo no Paraná infligiu à montadora francesa. Quero ouvi-lo, olhos nos olhos. É muito importante que os Srs. Senadores tomem conhecimento, afinal, dessa inusitada perseguição que uma multinacional francesa sofreu no Paraná.”

Será que o Requião foi subserviente aos interesses da empresa ou fez o que tinha de fazer para manter aqui, mas não assume?

Olhem o tamanho do ego que transformou as ações de estado em coisa particular, pessoal:

Lembro, ainda, que, durante uma visita minha à França, o Presidente da Renault, que abriu uma reunião entre empresários brasileiros e empresários franceses, organizada pela nossa Embaixada, se referindo a mim, me considerou o melhor governador com o qual a Renault já tinha negociado e convivido no Brasil e no mundo.”

Se a empresa afirmou isto será que o motivo foi o de o Requião ter sido subserviente, pois pelo que o seu discurso diz: “me considerou o melhor governador com o qual a Renault já tinha negociado e convivido no Brasil e no mundo” com ele ela obteve mais vantagens do que em qualquer outra relação com todos os governos com a qual negociou.

Mais contradições: “Agora, puxando o saco do governador atual, para estabelecer protocolos que eu não conheço, mas quero conhecer, e por isso quero que venha ao Senado explicar de que assuntos trataram, que protocolos assinaram, que compromissos o Paraná assumiu com uma montadora francesa”. Antes, em neste mesmo discurso ele afirmou que os atuais protocolos são “meras cópias” dos acordos feitos pelo seu governo com a Renault, mas agora afirma os desconhecer? Onde está a seriedade e a coerência no discurso do Requião? Dá para levar o senador a sério?

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