sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Campos Gerais faz primeira audiência pública sobre saneamento

Moradores de São José da Boa Vista, a 300 quilômetros de Curitiba, aprovaram nesta quinta-feira (20) o seu Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), que trata dos serviços de água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem urbana até 2041. Em audiência pública, a primeira da região dos Campos Gerais, autoridades e sociedade civil conheceram o diagnóstico da cidade em termos de saneamento, projetos e metas na área. Pelo plano, devem ser investidos R$ 260 mil reais em serviços de água e R$ 4,95 milhões no sistema de esgotamento sanitário. As obras devem ser executadas até 2015.

Ao sair à frente dos demais municípios da região, os 5.300 cidadãos de São José conquistam situação privilegiada em relação às exigências da Lei 11.445 de 2007, a ‘Lei do Saneamento’. “Com o PMSB aprovado, a cidade fez uma etapa importante e exigida legalmente na busca de financiamento de obras em municípios com menos de 60 mil habitantes”, disse o presidente da Sanepar, Fernando Ghignone.

O plano faz um diagnóstico da situação do saneamento na cidade e um planejamento com objetivos e metas de curto, médio e longo prazo para a universalização do acesso da população aos serviços de saneamento.

Abastecida pelo Rio Pescaria, a cidade de São José deve ter mudanças importantes com a implantação do PMSB. A mais relevante é a implantação do serviço de esgotamento sanitário. “Hoje, 100% da população de São José da Boa Vista contam com água tratada e, pelo plano, 65% devem contar com serviços de coleta e tratamento de esgoto até 2015”, afirma o gerente Juarez Wollz.

O PMSB prevê ainda a implantação de trabalhos de educação ambiental, necessários para garantir água, em quantidade e qualidade, para as futuras gerações. Quarenta e quatro por cento dos moradores da cidade estão inscritos no programa da Tarifa Social de água.

Na audiência pública, da qual participaram os nove vereadores do município, o prefeito Dilceu Bona disse que encomendou um estudo para municipalizar o serviço de saneamento. “Mas percebemos que jamais teríamos condições de fazer o que a Sanepar faz. Só para elaborar o projeto para o sistema de esgoto gastaríamos R$ 300 mil. Este é o valor que necessitamos para recuperar a quadra de esporte que está fechada há um ano. Para as cidades pequenas é inviável municipalizar”, afirmou. Dilceu lembrou que nesta sexta-feira (21), a cidade comemora 50 anos. “Ganhamos um excelente presente de aniversário”.

Agora o PMSB será encaminhado à Câmara Municipal para ser validado pelo vereadores e, posteriormente, promulgado pelo prefeito.

Para Terezinha de Jesus Oliveira, 69 anos e que mora na cidade há 63 anos, “era um anseio de toda vida ver minha cidade receber o serviço de esgoto. Nunca perdi a esperança, mas sabia que era difícil”. Ela foi vereadora por três vezes e duas vezes vice-prefeita.

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