Ativista de direitos humanos, que já sofreu dois atentados no Rio de Janeiro, é abandonada a própria sorte

A defensora de direitos humanos Márcia Honorato, da Rede Contra a Violência do Rio de Janeiro, foi vítima de um atentado na última semana. Um carro tentou atropelá-la duas vezes no centro da cidade. A Rede é formada por moradores de favelas, familiares de vítimas da polícia, sobreviventes e ativistas de direitos humanos que atuam no combate à violência policial nos morros do Rio. O trabalho do grupo já rendeu vários prêmios à entidade, entre eles a Medalha Chico Mendes de Resistência, mas atrai também a fúria dos policiais que agem com truculência contra moradores das comunidades cariocas. Em entrevista à repórter Lúcia Rodrigues, Márcia fala também sobre a atuação da força de intervenção militar que o governo instalou no final do ano passado em algumas comunidades do Estado. (Brasil atual)

SOB AMEAÇA CONSTANTE DE MORTE A ATUAL SITUAÇÃO DE ABANDONO EM QUE ELA SE ENCONTRA:

‎" Marcia é uma grande companheira na luta pelos Direitos Humanos. Peço aos companheiros que divulguem ao máximo esse caso que, na minha opinião, deve ser enviado imediatamente para o Ministério da Justiça e para a Secretaria Especial dos Direitos Humanos.

Marcia chegou a ser despejada da casa onde foi colocada pelo serviço de Proteção às Testemunhas do Rio que, infeliz e inexplicavelmente, não renovou o contrato do lugar. Só com as denúncias das Mães de Maio - inclusive ao governo federal - é que ela está agora hospedada em um local provisório onde, aliás, roubaram seus pertences pessoais."

A vida dela corre grande perigo, e não é de agora. (Rose Nogueira)

A RAZÃO DE JÁ TEREM TENTADO MATÁ-LA E DELA AINDA ESTAR SOB AMEAÇADA DE MORTE:

Redução da maioridade penal! Isso é bom ou ruim?

Uma criança que rouba algo no mercado deve ir para uma cadeia de adultos? Por que essa criança está roubando e não está numa escola? Será que é certo condenar? Ou afinal de contas todo mundo não erra?

Conclusão: Queremos nossas crianças nos bancos das escolas ou no banco dos réus? Leia abaixo sobre essa redução da maioridade penal e tire suas dúvidas!

Nome: Márcia Honorato
Idade: 37 Anos
Profissão: Pesquisadora social

1_Você é contra ou a favor da redução da maioridade penal? Por que?
Contra, porque se reduzir a maioridade penal fosse uma coisa que fizesse toda a diferença, nós já teríamos aceitado tudo isso e mudado o país.

2_Você acha que um jovem de 16 anos é capaz de responder por todos os seus atos?
Claro que não, ele não tem consciência, porque,o estado que é um estado de direito, o governo Sérgio Cabral que está na frente dele e que deveria está investindo nisso, na educação, na geração de renda, em desenvolvimento social, na área de saúde, não em Pan, porque o Pan é muito bom, mas não é como eles tratam as favelas, porque as favelas eles tratam igual a lixo, preto, pobre e favelado, não tem vez e nem direito de ir ao Pan, só para ir trabalhar.

3_Você acha que um jovem pobre tem as mesmas oportunidades de um jovem de classe média?
Claro que não, um exemplo, um jovem de classe média foi no Pan e vaiou o Lula e o Sérgio Cabral, sabe o que eles disseram? Direito de expressão, Eu só porque ofereci denúncia internacional contra o governo do estado e contra o governo federal em favor das favelas, estou sendo caçada pela polícia e o governo do estado sabe disso, porque eles chagam matando os jovens das favelas, mas não entram para dar nada, só para matar, e quando a pessoa está no tráfico eles julgar e condenar, mas qual foi a oportunidade que eles deram? Nenhuma.

4_Você acha que a mídia está cobrindo esse assunto com seriedade?
Não, ela está fazendo o que o governo quer, a mídia que está cobrindo é a mídia para os ricos não para os pobres, porque se tivesse seriedade na construção dessa mídia, João Tancredo não seria exonerado por denunciar o extermínio que teve no morro do alemão, e os outros companheiros como eu e os companheiros da rede não estaríamos sendo perseguidos pela polícia por oferecer denúncia internacional e oferecer denúncia contra o governo do estado. (AVN)