quinta-feira, 14 de julho de 2011

Reforma da CEU já dura 3 anos

A prefeitura de Curitiba lançou uma nova licitação para terminar a reforma na Casa do Estudante Universitário (CEU), que já se ar­­rasta por três anos. Iniciadas em julho de 2008, as obras estão paradas há quatro meses, desde que a construtora responsável pelo projeto entrou em processo de falência. Com a nova concorrência, o município concluirá os 45% restantes da empreitada, cuja duração inicial prevista era de um ano.

Os problemas que causaram os sucessivos atrasos começaram logo após o início das obras. O projeto original do prédio – construído em 1948 e inaugurado oito anos depois pelo então presidente Juscelino Kubitschek – não foi encontrado, o que dificultou o planejamento das etapas. “Como a CEU nunca passou por uma reforma geral existiam estruturas que ninguém sabia realmente como eram”, lembra o presidente do Conselho dos Curadores da Casa, Bodhan Metchko Filho. “A empreiteira encontrou coisas imprevistas, aumentando o preço da obra”, explica.

Originalmente orçada para custar pouco mais de R$ 3 milhões, a obra já consumiu R$ 3,5 milhões. Segundo o edital da prefeitura, o término do trabalho custará outros R$ 3,143 milhões. Esse valor foi levantado pela própria instituição, com a venda do potencial construtivo do imóvel – considerado Unidade de Interesse de Preservação. Segundo a atual direção da casa, os recursos captados via iniciativa privada serão suficientes para bancar o encarecimento da obra. Nesse caso específico, a prefeitura é responsável por organizar a licitação e fiscalizar o cumprimento do contrato.

A empresa que vencer a concorrência terá sete meses para terminar a reforma, contados a partir da liberação da ordem de serviço. Até a interrupção, havia sido concluída a reforma na ala ímpar do prédio e iniciados os trabalhos na outra metade. Nesse período, o número de vagas para moradores foi reduzido pela metade, passando de 400 para pouco mais de 200. “Antes disso, já operávamos abaixo da capacidade, pois tínhamos umas 80 vagas em quartos que estavam inabitáveis”, ressalta Bodhan. Após a reinauguração, a CEU passará a comportar 430 estudantes.

As mudanças incluem a reforma dos cinco pavimentos e do subsolo do prédio; serviços de restauro; recuperação da estrutura; modernização dos sistemas de prevenção, hidráulico, elétrico e telefônico; implantação de rede lógica e internet; troca de esquadrias; implantação de rampas de acesso; elevadores e reforma geral na cozinha; e pintura. Também serão instaladas escadas de emergência nos dois blocos.

Inclusão

Os estudantes estão otimistas que, após a reforma, muitos dos problemas de conforto e acessibilidade sejam resolvidos. Estão sendo instalados elevadores, rampas e banheiros adaptados para deficientes, o que contribuirá para tornar a instituição mais inclusiva. “Já temos agora um morador cadeirante, algo que antes seria muito difícil”, lembra Bhodan. A obra, acreditam eles, vai encerrar um longo período de problemas, quando os estudantes conviviam com o frio causado por janelas quebradas e o mau cheiro exalado do esgoto danificado.

Para isso, prometem inten­sifi­car o acompanhamento do pro­­cesso. “Montamos uma comissão específica para tratar dessa questão. Espero que, com os problemas recentes, a prefeitura tenha ficado alerta para selecionar melhor a empreiteira contratada”, diz Antônio Marcus dos Santos, atual presidente da CEU. A entrega das propostas e abertura dos envelopes de habilitação à licitação serão no dia 17 de agosto. (GP)

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