terça-feira, 26 de julho de 2011

Cohapar melhora a qualidade de vida de famílias quilombolas em Adrianópolis


A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) entregou 16 casas para famílias descendentes de escravos, das comunidades Porto Velho (13) e Praia do Peixe (3), que viviam em condições precárias na cidade de Adrianópolis, na região do Vale da Ribeira. Estão em obras ainda outras 60 unidades habitacionais que beneficiam outras quatro comunidades. As 76 moradias têm investimentos de R$ 2,3 milhões.

As casas em obras beneficiam famílias das seguintes comunidades: Bairro dos Roque (9), Sete Barras (19), Córrego das Moças (10) e João Surá (22). O projeto para as áreas dos quilombolas contempla ainda outras ações sociais, de saúde, assistência jurídica e acesso viário. Para isso o governo trabalhará em conjunto com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Ministério Público Estadual, Copel, e Sanepar.

Segundo o presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche, o governo do Paraná está empenhado em atender toda a população com casa própria. “O governador Beto Richa determina que todos os paranaenses tenham acesso à moradia digna. Atender os quilombolas é uma forma de resgatar a cidadania destes descendentes de escravos que tiveram um papel fundamental na história do nosso Estado”, destacou.

Muitas destas famílias que mudaram para as casas novas ainda moravam em casas de pau a pique feitas com barro, teto de palha de sapé e divisórias de bambu. Algumas eram feitas apenas com bambu, demonstrando a fragilidade de infraestrutura que tinham. A sobrevivência é através da lavoura, que eles mantém para o consumo próprio, além da criação de pequenos animais.

O acesso para as comunidades é difícil, pois ficam entre as montanhas do Vale da Ribeira, com acesso por estradas de terra, onde carros não passam em época de chuvas. Hoje, as mudanças já são nítidas, muitas casas já têm luz elétrica.

Todas as famílias são cadastradas na Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, que é fruto do movimento negro brasileiro. Foi o primeiro órgão federal criado para promover a preservação, a proteção e a disseminação da cultura negra. Para participar de muitos programas destinados a famílias quilombolas é necessário ter cadastro nesta entidade, que garante a descendência escrava da população.


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